Catorze carros, 10 grupos e muita animação voltam este ano à Avenida José da Costa Mealha, em Loulé, para celebrar o Carnaval mais antigo do país, que conta receber «entre 60 a 80 mil pessoas», nos dias 19, 20 e 21 de Fevereiro.
A estimativa foi feita por Vítor Aleixo, presidente da Câmara louletana, durante a apresentação oficial da festa, esta quarta-feira, 8 de Fevereiro. O Carnaval tem este ano como tema o aspirante Geoparque Algarvensis, em vias de ser classificado como tal pela UNESCO.
«O tema este ano é pouco habitual, mas diz muito ao município de Loulé, que, com Albufeira e Silves, apresentará, em breve, na UNESCO, uma candidatura para um geoparque no interior do Algarve. Esse geoparque tem uma circunstância única no mundo que é uma salamandra gigante com cerca de 227 milhões de anos. Com base nesse achado dos paleontólogos, quisemos brincar com isso», disse o presidente.
O tema é diferente e, por isso, foi também «mais exigente na procura de sátiras». Quem o diz é Palhó Madeira, o principal criativo do evento. «De resto, o trabalho é muito idêntico ao dos outros anos», continuou o responsável por comandar os cerca de 50 trabalhadores que, nesta altura do ano, se juntam para dar vida aos carros carnavalescos.

A pouco mais de uma semana do grande dia, os preparativos «estão no bom caminho», mas o trabalho, esse, durará até ao fim.
«Nós trabalhamos também com uma equipa extra Câmara, que está a fazer alguns dos bonecos, que só vão chegar na sexta-feira, ou seja, uma parte das sátiras, que ainda não estão nos carros, vai ser montada depois. A base, que são os carros e as flores, já está praticamente feita», diz Palhó, revelando que, uma vez mais, apenas 15 dos cerca de 30 a 40 bonecos serão novos.
«Há sempre um aproveitamento para poupar dinheiro, ganhar tempo e reciclar», frisa.

Quanto ao orçamento, Vítor Aleixo diz que, para o evento, está prevista uma verba de «pouco mais de 400 mil euros», mas que só no fim se saberá ao certo quanto se gastou.
Tal como nos anos anteriores, os bilhetes de entrada têm um custo, neste caso de 2 euros, e as receitas revertem para as associações participantes e IPSS do concelho.
«A expetativa é grande, desde os pequeninos aos avós», diz Vítor Aleixo, não esquecendo os benefícios que o evento tem também para a economia local.
«São milhares de turistas que vêm ao Carnaval que é conhecido nacional e internacionalmente. A restauração, hotelaria, aluguer de transportes, vão estar, com certeza, numa grande azafama para um impacto na nossa economia local muito positivo», remata.
Além dos três dias de corso, na sexta-feira, 17 de Fevereiro, de manhã, realiza-se o habitual desfile de Carnaval das crianças das escolas de Loulé.
Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação
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