«As regras aprovadas no último conselho de ministros são castradoras da atividade e anunciam a sua morte, a um prazo muito curto. Pensar que estas medidas, no que toca ao alojamento local, resolvem ou contribuem para resolver o problema do país, em matéria de habitação, é uma falácia», defende a AHETA, que considera que «foi dada mais uma machadada na atividade turística do país».
Em nota enviada às redações, a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve salienta que desde, o início dos anos 2000, um conjunto de entidades públicas e privadas iniciaram um trabalho de preparação da integração de milhares de camas no mercado legal de alojamento.
«Gradualmente, pessoas e empresas foram inscrevendo as suas casas e apartamentos, na Câmara Municipal, o negócio foi criando dimensão, criaram-se milhares de postos de trabalho, por todo o país, pois o sistema passou a ser atraente para pessoas, empresas e turistas. E toda a gente (ou quase) passou a estar legal e a pagar impostos», recorda.
A AHETA acredita que, no Algarve, há hoje mais camas inscritas em alojamento local que em todas as outras tipologias de alojamento classificado, e recorda o investimento em aquisição de casas, recuperação de outras, até então abandonadas, feitas com esta finalidade.
«Em vez de fomentar e fortalecer a atividade económica de forma a angariar receitas e concentrar as mesmas para a construções de habitações a custos controlados e consequente arrendamento a valores suportáveis pelos mais desfavorecidos, preferiu o governo destruir uma atividade que foi muito bem regulamentada no tempo do então Secretário de Estado do Turismo Bernardo Trindade», defende a associação.
Em relação ao fim dos Vistos Gold, a AHETA diz ainda que «se havia erros, que se corrigissem». «Mais uma vez vamos perder investimentos vitais, para outros países, que continuam a ter várias formas apelativas de captação de investimento estrangeiro», rematam.
Comentários