Vila Real de Santo António recebeu, esta terça-feira, 24 de Janeiro, a sessão participativa «Porque todos queremos uma Reserva Viva», com o objetivo de debater a estratégia de promoção, sensibilização e comunicação da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA).
A iniciativa, que decorreu na Biblioteca Municipal Vicente Campina, procurou ouvir todas as partes interessadas na defesa e na gestão da Reserva Natural e recolher propostas e ideias que contribuam para atingir o desenvolvimento sustentável daquela área protegida, compatibilizando-as com o seu modelo de cogestão.
O encontro contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de VRSA Álvaro Araújo, do vereador com o pelouro do ambiente da
Álvaro Leal, da cogestora da RNSCMVRSA representante da AMAL Vanda Silva, da cogestora representante do ICNF Rosa Madeira e várias associações, cidadãos, empresas e quadros técnicos ligados à gestão do território.
De acordo com Álvaro Araújo, «importa fazer com que as populações de Vila Real de Santo António sintam o sapal como seu e que possam ser libertadas todas as barreiras arquitetónicas para que esta reserva natural – comum a dois municípios – seja visitada e usufruída por todos, envolvendo também a comunidade escolar».
O plano de cogestão da RNSCMVRSA visa, entre outros aspetos, a promoção de atividades económicas na reserva em consonância com a proteção dos seus valores e recursos naturais, a valorização do território como local de lazer e aprendizagem, a promoção da atividade científica e a divulgação do património cultural associado à cultura do sal.
Por outro lado, procura informar e sensibilizar as populações acerca dos recursos naturais existentes e das boas práticas de usufruto do território, aprofundando a gestão colaborativa daquela zona húmida.
A RNSCMVRSA foi a primeira reserva natural criada em Portugal, em 1975, com o principal propósito de conservar a natureza através do equilíbrio dos ecossistemas, da melhoria de condições de vida das populações residentes, da valorização das atividades tradicionais e da proteção do património paisagístico.
De acordo com a autarquia de VRSA, é uma das mais importantes zonas húmidas do país, com 2.307,99ha, da qual fazem parte um complexo sistema de áreas de sapal, canais, corpos de água salobra, salinas, espaços secos para uso agrícola, algumas áreas de mato e um pequeno espaço com montado de sobro.
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