VRSA compra aparthotel em Monte Gordo para dar casa a pessoas sem-abrigo

Aquisição está a ser concluída

Foto: Nuno Costa | Sul Informação

A Câmara de Vila Real de Santo António está a concluir a compra por 1,9 milhões (1.926.000) de euros de um aparthotel com 29 apartamentos, no antigo aldeamento turístico Monte Fino, na freguesia de Monte Gordo, para garantir soluções de habitação a pessoas e famílias em situação de sem-abrigo.

Segundo revelou ao Sul Informação Álvaro Araújo, presidente da Câmara de VRSA, o negócio de aquisição deste aparthotel, «que estava em insolvência», deverá estar concluído «no início de 2023» e será feito nos mesmos moldes dos que permitiram entregar a chave de 70 casas a outras tantas famílias, em Dezembro, ou seja, «dentro do Programa 1º Direito, com financiamento a 100%».

«Os apartamentos ficam no Monte Fino, na freguesia de Monte Gordo. Serão destinados a pessoas sem-abrigo, para a reinserção social. Vai ser excelente!», revelou o edil vila-realense.

Paralelamente, a Câmara tem em curso «outro projeto, que envolve o antigo dormitório da CP, que não está assim tão degradado quanto isso, apesar de precisar de ser reabilitado. É isso que iremos fazer, com o apoio do PRR. Vamos ver em que tipologia é que se vai enquadrar e para que tipo de público».

«É mais uma grande oportunidade e vamos estar atentos ao mercado, a prédios que estejam disponíveis, para os adquirir e, de certa forma, controlar o mercado, de forma a termos arrendamento acessível, inclusivamente para a classe média», resumiu Álvaro Araújo.

Estas aquisições estão a ser realizadas no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH) de VRSA, que abrange 2139 pessoas integradas em 824 agregados familiares, numa estimativa de investimento que ronda os 107 milhões de euros, maioritariamente de promoção municipal (87 milhões de euros).

«Nós vamos reabilitar os prédios de habitação social do concelho, mas dentro desse parque habitacional, há prédios que já são de privados. O 1º Direito também vai apoiar a reabilitação destes imóveis», explicou.

«Temos prevista a construção de habitação de raiz, cerca de cem fogos. Mas temos de ter muito cuidado com isso, porque o PRR só financia a 100% se tudo for concretizado e se as pessoas estiverem a habitar as suas casas, com contratos feitos, até final de Junho de 2026. Caso o cumprimento desses prazos não esteja garantido, a Câmara não pode avançar, porque não tem dinheiro», concluiu Álvaro Araújo.

 

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