Universidade do Algarve debate nova forma de pensar o audiovisual contemporâneo

“A qualidade e a competência midiática na ficção seriada contemporânea no Brasil e em Portugal” foi lançada na coleção “Humanitas” do Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve

A nova forma de pensar o audiovisual contemporâneo é debatida na obra “A qualidade e a competência midiática na ficção seriada contemporânea no Brasil e em Portugal”, lançada na coleção “Humanitas” do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) da Universidade do Algarve, pela Grácio Editor. 

De acordo com a UAlg, o que é audiovisual de qualidade é uma pergunta que já se debate há quarenta anos.

Segundo Gabriela Borges, professora da Universidade do Algarve (Portugal), colaboradora do programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora e coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual, a discussão sobre a qualidade de um produto audiovisual estava centrada anteriormente no modo como ela era pensada por seus criadores.

«Esse fluxo, que começa a ser gerado a partir das empresas de mídia, permite agora o engajamento do público de forma direta. Entender como a experiência estética se dá nas redes sociais, como é que esse público interage, comenta e cria conteúdo é o que estamos tentando perceber», afirma. Gabriela destaca que além da produção, a proposta é pensar também a circulação – como as empresas distribuem e divulgam o conteúdo através das redes sociais – e o consumo – como o público se apropria dessas obras.

A investigadora afirma que o audiovisual de qualidade tem potencial de desenvolvimento de competências importantes relacionadas à mídia. «Como os roteiristas e os diretores estão trabalhando elementos dessa série, que de certo modo estimulam o público a completar as lacunas, a pensar sobre assuntos que de repente ainda não tinha pensado, a produzir conteúdos a partir do que vê na tela como, por exemplo, no caso das fanfics. São perguntas que buscamos respostas com essa nova proposta».

O livro foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa integrado no Observatório da Qualidade no Audiovisual, coordenado por Gabriela. Abordando séries ficcionais dos maiores produtores em língua portuguesa, Brasil e Portugal, as análises discutem as produções brasileiras Assédio, da Globoplay, Coisa Mais Linda, da Netflix, e Todxs Nós, da HBO e a portuguesa Casa do Cais, da RTP.



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