Reeditadas mais duas obras de José Dias Sancho

Estas obras juntam-se aos volumes anteriormente lançados: “Deus Pan e outros contos” e “Bezerros de Ouro”

As obras “Ídolos de Barro e outros escorços críticos” e “Canções de Amor e outros poemas”, da autoria do escritor são-brasense José Dias Sancho, foram reeditadas, numa parceria entre a Câmara Municipal e a Universidade do Algarve. 

Estas obras juntam-se aos volumes anteriormente lançados: “Deus Pan e outros contos” e “Bezerros de Ouro”.

O objetivo destas reedições é valorizar a «obra completa deste escritor e personalidade carismática».

O terceiro volume desta coletânea, agora lançado e intitulado “Ídolos de Barro e outros escorços críticos”, reúne a obra crítica do autor, publicada em livro e em várias jornais e revistas da época, enquanto o quarto volume “Canções de Amor e outros poemas” reúne a coletânea de líricas de José Dias Sancho, escrita com apenas 18 anos.

«A reedição completa da obra de José Dias Sancho é um projeto que prossegue mediante o rigoroso trabalho de investigação e edição da equipa de investigadoras, Sílvia Quinteiro e Maria José Marques, e a colaboração da editora Opera Omnia que estão a preparar mais dois volumes que serão publicados até 2024», diz a Câmara de São Brás de Alportel.

Durante a sessão de lançamento que decorreu na Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro, a 9 de Janeiro, as investigadoras asseguraram que «o melhor ainda está por vir», sendo que nos próximos volumes se vão debruçar sobre crónicas, peças de teatro e narrativas curtas de José Dias Sancho.

 

Quem foi José Dias Sancho?

Advogado, poeta, escritor, ficcionista, conferencista, crítico literário e caricaturista, José Dias Sancho nasceu em São Brás de Alportel a 22 de Abril de 1898 e faleceu, em Faro, a 11 de Janeiro de 1929.

Aos 16 anos, escreveu para uma festa do Liceu a peça “A Ceia dos Cábulas”, uma paródia à “Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas. Anos mais tarde, voltou à crítica da obra de Júlio Dantas no livro “Ídolos de Barro” (2º volume).

Foi um dos fundadores do jornal Correio do Sul e colaborou com muitos jornais da região, nomeadamente na Folha de Alte, na Vida Algarvia e na revista Costa de Oiro, de Lagos, onde, entre outros trabalhos, publicou o conto infantil “No Reino dos Bonecos”.

Em Lisboa, escreveu para o Diário de Notícias, para o Diário de Lisboa, para O Século e para A Situação, de que foi diretor. Enquanto estudante universitário da Faculdade de Direito, em Lisboa, colaborou no Académico, um jornal quinzenal defensor dos interesses académicos.

Licenciou-se em 1926, mas não chegou a exercer advocacia. Foi oficial nomeado nos Registos Civis de Ourique e de São Brás de Alportel.

Casou com Maria Helena Pousão Pereira Dias Sancho, filha do poeta João Lúcio, com quem teve uma filha, Maria Luzia a que é dedicado o conto “El-Rei-bebé”.

À data da sua morte, a 11 de Janeiro de 1929, era Conservador do Registo Civil de Faro.

 

Comentários

pub