PSP e GNR procuram mais envolvidos na vaga de assaltos a casas no Sotavento

Material apreendido está na PSP de Faro à espera de ser identificado e reclamado pelos proprietários

Material apreendido. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

Após a detenção de três homens por assaltos a casas no Sotavento Algarvio, a PSP e a GNR continuam a trabalhar para identificar mais indivíduos envolvidos no crime e recuperar mais material furtado.

Os três homens, de 27, 38 e 42 anos, de nacionalidade moldava, foram detidos na passada terça-feira, 24 de Janeiro, em flagrante delito, numa moradia na zona de Quarteira.

A investigação começou em Janeiro de 2022, quando a PSP de Tavira identificou uma vaga de furtos a residências nesta cidade «e percebeu que se trataria do mesmo grupo uma vez que a forma de atuação e as residências escolhidas como alvo dos furtos apresentavam bastantes semelhanças», explica a subcomissário Catarina Monteiro, referindo que o material furtado era depois remetido para o estrangeiro.

Contudo, os furtos alastraram-se a todo o Sotavento, incidindo maioritariamente nos concelhos de Loulé, Tavira e Faro, o que fez com que PSP e GNR optassem por desenvolver uma investigação conjunta.

De acordo com António Ramos, capitão oficial de Comunicação e Relações Públicas do Comando Territorial da GNR de Faro, trata-se «de um grupo organizado com alguma perícia na aproximação e realização da prática deste crime de furtos a interior de residências».

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Em relação à forma de atuação, o capitão explica que «um conduzia, no ponto de largado o resto do grupo fazia a aproximação às residências e depois tinham designado logo um ponto de recolha».

«O recurso para entrar nas casas era variado e sempre que havia obstáculos, recorriam a ferramentas específicas. Quando detetavam um obstáculo como um canídeo, recorriam a gás pimenta para o atordoar», refere ainda o oficial.

Quanto ao material furtado – depois de serem feitas quatro buscas, duas em residência e outras em viaturas – foram apreendidos 14500 euros em dinheiro, várias joias, pequenos eletrodomésticos e material que os suspeitos utilizavam para a prática dos ilícitos criminais, como binóculos, rebarbadoras, gás pimenta, entre outros.

«Até ao momento, com o material que apreendemos, conseguimos relacionar a cerca de três dezenas de residências, mas muitos dos furtos não nos terão sido denunciados», afirma Catarina Monteiro, reforçando que apenas parte do material já foi entregue aos proprietários.

 

Subcomissário Catarina Monteiro do Comando Distrital da PSP de Faro

 

Assim, a subcomissária apela a que quem ainda não fez as queixas, as formalize, e se dirija ao Comando Distrital da PSP de Faro para identificar os seus bens.

«Tendo em consideração que muito do material furtado ainda não foi associado a nenhum processo em investigação, tanto pela PSP como pela GNR, apelamos a todos os cidadãos que tenham residência no Algarve e que tenham, eventualmente, sido alvo de furto, e não o tenham denunciado, que procedam à denúncia e que se dirijam, no prazo de 8 a 10 dias, à PSP de Faro para eventual reconhecimento e recuperação de objetos furtados», remata Catarina Monteiro.

Ainda de acordo com o Capitão António Ramos, «não há qualquer registo de prática violenta nestes crimes», que decorriam em moradias localizadas nos arredores de zonas urbanas, ao final do dia e início da noite.

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

 

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