Primeira obra de eficiência hídrica no Algarve financiada pelo PRR está quase concluída

Obra custou 2,4 milhões de euros

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

A primeira obra de eficiência hídrica na região do Algarve, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está a um mês e meio de ser concluída. 

As intervenções na barragem de Odeleite, no concelho de Castro Marim, vão, de acordo com Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, permitir «acrescentar 15 hectómetros cúbicos, qualquer coisa como aquilo que corresponde a 7% do consumo de água do Algarve, ou 20% do consumo humano».

A obra, que teve o custo de 2,4 milhões de euros, é uma das que pretende aumentar a capacidade disponível e resiliência das albufeiras/sistemas de adução em alta existentes e reforço com novas origens de água, à qual se juntam outras iniciativas como a instalação da dessalinizadora no Algarve.

«Neste momento, o Algarve é uma das zonas do país que mais nos preocupa», frisou Duarte Cordeiro durante a visita, na manhã de ontem, à barragem algarvia, onde salientou ainda que se vive realidades diferentes no Sotavento e Barlavento.

No Sotavento, as chuvas de Dezembro e Janeiro já fizeram as barragens ficarem com 60% da sua capacidade de armazenamento, «enquanto na zona do Barlavento estamos preocupados, porque temos barragens com níveis de abastecimento mais baixo», continuou o ministro.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Em relação à obra na barragem de Odeleite, que estará concluída em breve, António Eusébio, presidente da Águas do Algarve, explica que falta só terminar as ligações elétricas e acabar as últimas montagens na plataforma flutuante.

«O objetivo, que era garantir, em caso de necessidade, o fornecimento de água de volume morto no Verão, fica antecipado, e, felizmente, este ano, nem vai ser preciso. Como choveu, a barragem já encaixou valores acima dos 50% totais e por isso este ano até temos algum excedente deste lado do Sotavento algarvio», disse ao Sul Informação. 

Ainda assim, tal como já havia sido referido pelo ministro, António Eusébio diz que, do lado do Barlavento, «há mais problemas», mas mostra-se otimista realçando que «ainda estamos a meio do período húmido e esperamos ainda conseguir gerir».

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

 

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