O Café Calcinha voltou para «dar alma e vida à cidade de Loulé»

Espaço está aberto de terça-feira a domingo, entre as 8h00 e as 20h00

Os três novos concessionários do Café Calcinha – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

«Dar alma e vida à cidade de Loulé» é o que pretendem os novos concessionários do Café Calcinha, o emblemático espaço localizado na Praça da República, que reabriu oficialmente ao público esta terça-feira, 3 de Janeiro. 

Depois de meses e meses encerrado, o Calcinha volta a servir de espaço de convívio para locais e turistas, que, conhecendo ou não a sua história, entram para apreciar este local de Loulé que faz parte da Rota dos Cafés com História de Portugal.

«O principal motivo que nos fez querer vir para aqui é o facto deste ser um café cheio de história, um dos mais antigos do país. É o café mais icónico da cidade e acho que faz todo o sentido estar aberto», afirma Ricardo Vaz, o empresário responsável pela concessão do café.

José João e Vítor Ferreira não podiam estar mais de acordo. Frequentadores do café há décadas, frisam que «é uma alegria muito grande voltar a ver o Calcinha aberto».

«Com este café fechado, fica a faltar qualquer coisa importante nesta rua. A reabertura está muito bem conseguida e o que desejo é que quem está à frente do negócio o leve avante e sempre com qualidade», diz Vítor Ferreira ao Sul Informação. 

 

Café Calcinha – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

O Calcinha, que é propriedade da Câmara de Loulé, estava fechado já há vários meses. Depois de um primeiro concurso não ter tido quaisquer propostas para a  concessão, Ricardo Vaz, com o pai, Fernando Silva, e a madrasta, Sara Carvalho, decidiram inscrever-se no segundo concurso e acabaram por ficar responsáveis pela reabertura.

Com apenas 33 anos, Ricardo tem já uma longa experiência na área da restauração, e abrir um negócio em Loulé não é novidade.

«Temos outro espaço na cidade, o 8100 Café, no Parque Municipal, aberto há quatro anos, e posso dizer que está a correr muito bem. Lá já fazemos vários eventos culturais e vamos continuar a fazê-los aqui, adaptados ao espaço, claro», revela ao nosso jornal.

Em relação à agenda cultural, o Café Calcinha apresentará um podcast, mensalmente, que terá como convidadas pessoas que, ao longo dos anos, frequentaram o café e que irão contar as suas histórias.

Além disso, haverá noites de poesia e algumas de stand-up comedy. «O resto será surpresa. Vamos aos poucos, passo a passo, vendo também o que a cidade quer e precisa», explica o empresário, que, com esta abertura, quer manter a tradição aliando-a à inovação.

Quem visita o Calcinha tem já à sua disposição «uma experiência de café», podendo optar pelos grãos da Etiópia, Colômbia ou Brasil, moídos na hora. Para acompanhar, não faltam os pastéis de nata e os típicos folhados de Loulé (agora também disponíveis em versão vegan). Quem preferir a cerveja artesanal, pode escolher a algarvia Marafada ou a Nova Ida (produzida em Loulé).

 

Os cafés do Café Calcinha – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

O menu das refeições está ainda a ser trabalhado, mas, quem quiser comer uma sopa e o prato do dia, também já o pode fazer. Os jantares estarão disponíveis a partir de Maio, altura em que o Café passará a encerrar mais tarde.

Com as portas abertas há apenas cinco dias, o Calcinha já registou dezenas e dezenas de visitas.

«Tem corrido muito bem e está a superar as expectativas. Temos recebido muitas pessoas que já frequentavam o Calcinha, outras que não tinham por hábito vir aqui, mas que, pelo facto de frequentarem o 8100, desceram, e também temos recebido muitos turistas», conta Ricardo Vaz, frisando que «o mais engraçado destes dias tem sido ver a multiculturalidade e diferença de idades das pessoas que nos visitam».

Atualmente, o Café Calcinha funciona de terça-feira a domingo, entre as 8h00 e as 20h00.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

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