Cães e gatos de Faro vão ter «melhor qualidade de vida»

Obra custou cerca de 1,4 milhões de euros

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Faro já tem um Centro de Recolha Oficial que vai permitir «dar uma melhor qualidade de vida aos animais errantes» do concelho. Inaugurado esta segunda-feira, 16 de Janeiro, o espaço vai acolher até 120 cães e 70 gatos que ali serão tratados com toda a dignidade.

Este era um projeto «há muito solicitado pela população», nas palavras de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro.

Houve um primeiro projeto, em 2014, para um terreno no Patacão, mas que teve de ser abandonado. A autarquia acabou por escolher uma outra localização, num terreno de que era proprietária, na zona do Medronhal, Guilhim (Estoi).

Foi lá que foi inaugurado esta segunda-feira o Centro de Recolha Oficial de Animais, um espaço com condições para «recolher os animais abandonados» e que custou cerca de 1,4 milhões de euros.

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

«Felizmente, na cidade não temos muitos, mas, no resto do concelho, existem às vezes até matilhas de cães que provocam problemas», assumiu Rogério Bacalhau.

Antes, «não tínhamos condições de os recolher e tratar porque muitos desses animais vão chegar aqui doentes, com feridas. Agora, podem ser aqui tratados, recuperados e até devolvidos à população», acrescentou.

É que, quem quiser, pode também adotar os cães e gatos que estejam no Centro de Recolha Oficial.

O espaço tem um núcleo destinado a animais para adoção, uma área para animais em quarentena, 16 celas coletivas para gatos e uma área de canil com 42 boxes coletivas.

A infraestrutura conta ainda com áreas de circulação exteriores, além de zonas administrativas e de tratamento e medicina veterinária.

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Ruben Jerónimo, veterinário municipal, é o responsável pelo Centro de Recolha Oficial de Animais.

Em declarações aos jornalistas, explicou que, a partir de agora, já não vai ser preciso recolher os animais e «encaminhá-los para uma clínica de serviço» porque poderão ser tratados neste novo espaço.

«Continuaremos a contar com as associações e os canis parceiros, mas aqui será o primeiro ponto», disse.

«Agora, podemos receber esses animais e responder de forma mais célere: trazê-los para aqui onde receberão os primeiros tratamentos e depois cumprem o tempo que têm de cumprir. Caso não tenham identificação, o que acontece ainda com muitos animais, passam os 15 dias connosco, fazem a identificação, a vacinação obrigatória da raiva, são esterilizados e encaminhados para a adoção», acrescentou.

Por enquanto, já há sete cães “residentes” neste novo espaço.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação e Câmara de Faro

 

 

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