Algarve ainda não sabe quanto recebe pelos prejuízos das inundações de Dezembro

Haverá apoios para o Algarve, só não se sabe ainda para quem e em que montante

Foto: Samuel Mendonça | Folha de Domingo

Os concelhos de Faro, Loulé, Tavira e Albufeira foram os mais afetados, em Dezembro, pelas inundações causadas pelas fortes chuvas, mas os autarcas algarvios ainda não sabem quanto vão receber dos 185 milhões de euros de apoios do Governo, ontem anunciados.

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, e Vítor Aleixo, edil de Loulé, responsáveis pelos dois municípios que mais prejuízos sofreram, nos primeiros dias do mês passado, revelaram hoje ao Sul Informação desconhecer qual o montante que será atribuído.

O autarca farense adiantou que, depois do levantamento dos estragos ter sido concluído, foi feita uma candidatura do Município de Faro aos apoios, que lhe terão sido garantidos pela ministra do Coesão Territorial.

A nível nacional, as chuvadas de Dezembro e já de Janeiro causaram prejuízos de 293 milhões de euros, tendo o Governo anunciado ontem que vai conceder apoios num total de 185 milhões de euros.

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, disse que «as áreas mais afetadas são os equipamentos e infraestruturas municipais, onde registamos 185 milhões de euros», bem como «estradas nacionais e ferrovias, com prejuízos identificados de 44 milhões de euros, e atividades económicas, sobretudo comércio e serviços, com 27,3 milhões de euros».

Por seu lado, falando esta manhã aos jornalistas na barragem de Odeleite (Algarve), o ministro do Ambiente salientou que «a recuperação muito rápida dos níveis de água tem aspetos muito positivos e muito negativos».

Duarte Cordeiro salientou que, contas feitas, há muitos prejuízos, estando previstos «10 milhões de euros do Fundo Ambiental para a parte que nos diz respeito. Depois a Agência Portuguesa do Ambiente, em contacto com os municípios, vai perceber quais são os mais importantes e urgentes para apoiar».

«Por um lado, temos de apoiar os municípios e, por outro, ir preparando o território [para episódios extremos, como as inundações]. Temos, no passado, alguns exemplos muito bons de adaptações que fizemos, como é o caso do rio Leça», acrescentou o ministro do Ambiente.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a resolução que declara as cheias e inundações registadas nos meses de Dezembro de 2022 e Janeiro de 2023 «ocorrência natural excecional» e aprovou medidas de apoio em consequência dos danos causados.

Esta resolução, segundo o comunicado do Conselho de Ministros, «visa a identificação das medidas de emergência destinadas a reparar os danos causados nas atividades económicas, habitações, equipamentos e infraestruturas e linhas de água, procurando assegurar as condições básicas para a reposição da normalidade da vida das populações e das empresas, sem prejuízo de a decisão dos apoios a conceder ter necessariamente como base a avaliação rigorosa e documentada dos danos, bem como o acionamento de contratos de seguro existentes».

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