Universidade de Évora ajuda a dar às baterias uma 2ª vida em cenários de catástrofe

UÉ faz parte de um consórcio que também inclui a Cruz Vermelha e a empresa Betteries

Um novo sistema de baterias de lítio de 2ª vida, criado no âmbito de um consórcio que une a Universidade de Évora (UÉ), a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e a empresa Betteries, foi testada com sucesso num cenário de emergência, no âmbito de um exercício em que foi simulada uma catástrofe, que teve lugar em Outubro, na Delegação da Foz do Tejo da CVP, no Seixal.

O projeto ao abrigo da qual este sistema foi desenvolvido visa «promover a transição energética e aumento de resiliência dos equipamentos utilizados em cenários de catástrofe», segundo a UÉ.

O exercício de emergência incluiu um Posto de Triagem, Posto Médico Avançado (PMA), duas Ambulâncias, Refeitório de Campanha e Posto de Comando e Comunicação. «Neste cenário foi testado um sistema de baterias de 2ª vida, que alimentou com eletricidade toda a infraestrutura instalada».

«As baterias de 2ª vida são sistemas que chegaram ao final da sua vida útil em carros elétricos, mas que ainda retêm uma capacidade útil de 70-80%. Podem ter uma 2ª vida em novas aplicações portáteis ou estacionárias, ser combinadas com sistemas fotovoltaicos, e fornecer eletricidade à rede ou a sistemas isolados», explica a universidade alentejana.

 

 

As baterias testadas «representam um produto inovador, numa solução móvel e modular, robusto, preparado para utilização no exterior e de utilização simples – “click and go”. O teste deste sistema de baterias permitiu validar a sua utilização em cenário de utilização real e demonstrar as suas capacidades em cenários de catástrofe».

«Ao longo do dia de testes foi possível ensaiar desde a insuflação de tendas de campanha até à utilização dos equipamentos médicos de emergência pela equipa da CVP, e substituir a utilização habitual de geradores a gasolina pelas baterias de 2ª vida. A utilização deste novo equipamento permite a utilização de eletricidade fonte renovável, por ex. solar, e elimina dificuldades de logística associadas ao abastecimento de combustíveis para os geradores em cenários de emergência ou catástrofe», reforçou a UÉ.

A Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora colabora com a betteries AMPS, no âmbito do projeto POCITYF, no ensaio deste produto, quer em cenários de catástrofe, quer em aplicações residenciais, para desenvolvimento de soluções tecnológicas para a descarbonização de diferentes setores da economia.

O POCITYF é um projeto financiado pelo programa H2020 – Programa de Investigação & Inovação, que visa tornar as cidades mais verdes, inteligentes e sustentáveis promovendo a transição energética. É coordenado pela EDP Labelec e inclui mais 46 organizações de 13 países, onde se incluem a Universidade de Évora e a betteries AMPS GmbH.

 

 

 

 



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