«É urgente sairmos daqui. Condições já não temos e não podemos pensar que este edifício irá poder apresentá-las. O que exigimos à Secretaria de Estado e à Autoridade Tributária e Aduaneira é que seja construído um novo edifício para albergar os funcionários da Direção de Finanças. Aliás, foi isso que nos foi prometido há seis anos».
O apelo é deixado por António Frazão, presidente da Direção Distrital de Faro do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), que, na manhã desta segunda-feira, 12 de Dezembro, fez um ponto de situação das condições atuais de trabalho dos funcionários desta repartição.
A falta de condições e de segurança não é recente, mas intensificou-se com as chuvas dos últimos dias, que motivaram a queda de bocados de teto, infiltrações e várias inundações.
Apesar da realização de obras recentes, a Direção de Finanças de Faro, bem como o edifício anexo (antigo Governo Civil), também ocupado por serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), continua, segundo António Frazão, a não apresentar quaisquer condições de segurança.
«Nós temos tido a sorte de os maiores azares acontecerem de noite, quando não está cá ninguém», realça, referindo que muitos funcionários se encontram, atualmente, em teletrablalho, e outros tiveram de tapar os computadores com plásticos para que não se estragassem com as chuvas.
A promessa de construção de um novo edifício foi feita em 2017, quando o então secretário de Estado dos Assuntos Ficais Fernando Rocha Andrade e a diretora geral da AT, visitaram a Direção de Finanças de Faro.
«Nessa altura, foi-nos prometido que seria construído um novo edifício para albergar a Direção de Finanças, mas, passados seis anos, nada disso foi feito e nós estamos pior, apesar de todas as intervenções», frisa António Frazão, realçando que o edifício centenário onde agora de encontram não pode continuar a ser uma opção.
De acordo com o presidente da Direção Distrital do STI, «já se tentou encontrar um solução de um outro edifício, mas, ao que parece, esse edifício não existe na cidade de Faro», por isso, «a conclusão a que se chegou é que tem de ser construído um edifício de raiz e é isso que nós queremos», salienta.
Além dos edifícios da capital algarvia, também os Serviços de Finanças de Albufeira e de Olhão sofreram com a intensidade da chuva dos últimos dias e no seu interior são visíveis os estragos provocados.
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