Ao quinto dia, a greve dos professores continua um pouco por todo o Algarve. Esta quinta-feira, 15 de Dezembro, a Escola EB 1 da Correeira, em Albufeira, fechou porque todos os docentes fizeram greve, enquanto na Escola Básica e Secundária de Albufeira é muito grande a percentagem de alunos sem aulas.
Em Quarteira (Loulé), a paralisação afeta hoje a Escola Secundária Dra Laura Ayres, enquanto em Olhão, na Escola EB 23 João da Rosa, também houve professores a aderir à greve.
Esta greve nacional foi convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P) e reúne docentes de todas as tendências políticas.
A paralisação acontece numa altura em que o Ministério da Educação está em negociações com os sindicatos, que se têm mostrado contra a maioria das propostas da tutela.
O Sindicato de Todos os Professores contesta as alterações ao modelo de concurso de colocação de professores e reclama melhoria das condições da carreira, nomeadamente no que diz respeito aos salários, às dificuldades na mudança de escalão, ao congelamento do tempo de serviço, entre outras.
O Governo quer manter os critérios de contratação de professores, mas pretende um novo modelo de colocação, transformando os concursos nacionais em listas municipais.
A integração de docentes será decidida por conselhos locais de diretores, que não vão contratar diretamente docentes. Para o ministro da Educação, estas alterações significam uma maior estabilidade dos professores.
O S.TO.P afirma que esta greve é uma «forma de luta inédita». O protesto foi convocado na sequência de uma sondagem realizada no blogue ArLindo, onde milhares de professores apoiaram a realização desta greve por tempo indeterminado.
Os outros sindicatos de professores, afetos à Fenprof, não aderiram a esta paralisação, apenas tendo agendado uma manifestação para Março de 2023 e vigílias em vários pontos do país.
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