Museu Regional do Algarve já anda a promover o património algarvio há 60 anos

Espaço museológico foi fundado por Carlos Porfírio

O Museu Regional do Algarve, situado em Faro, completou 60 anos no dia 15 de Dezembro, ao longo dos quais se dedicou a promover a cultura e o património algarvio, nomeadamente a sua etnografia.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, que acolhe este espaço museológico no rés-do-chão do seu edifício sede, na Baixa da capital algarvia, veio a público saudar a efeméride e lembrar a sua história.

«Desde sempre associado ao pintor farense Carlos Porfírio, seu dinamizador e diretor nos primeiros oito anos de existência, o Museu Etnográfico Regional abriu as portas ao público em 15 de Dezembro de 1962, materializando uma aposta institucional na dinamização da Cultura através da “Promoção de Museus, Arquivos e instituições culturais”», lembra a entidade.

Carlos Porfírio, um pintor associado a movimentos futurista nacionais e europeus, artes cinematográficas, que também foi jornalista e etnógrafo, fundou o museu «a partir do próprio espólio reunido durante a primeira metade do séc. XX onde se destacam objetos sobre a atividade de pesca e agricultura, mobiliário, utensílios domésticos e dezenas de peças de “arte popular“».

«No entanto seria redutor se não mencionássemos a série de quadros a óleo que o próprio concebeu para o museu sobre memórias, saberes e tradições do “povo algarvio”, bem como um conjunto de obras de pintores algarvios que pela primeira vez tiveram espaço para serem apresentados», realça a CCDR do Algarve.

«Ao longo destes sessenta anos muitas foram as dinâmicas socioeconómicas que foram realizadas e várias gerações passaram ou visitaram as suas instalações, adaptadas aos tempos presentes já no início do séc. XXI dando-lhe uma nova visibilidade social, o que tem permitido preservar o espírito concetual do seu fundador, mas ao mesmo tempo evidenciar uma nova modernidade na compreensão e sensibilização, sobretudo as gerações mais novas que diariamente atravessam as suas portas e descobrem que a sua história não começou nos seus pais», concluiu a mesma entidade.

 

 



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