Morreu a «algarvia» Graça Lobo, a primeira Coordenadora do Plano Nacional de Cinema

Graça Lobo nasceu em Lisboa, mas foi viver para Faro ainda jovem

Morreu Maria da Graça Silva Lobo, a primeira coordenadora do Plano Nacional de Cinema. 

Em nota de pesar, a diretora regional de Cultura do Algarve lamenta «profundamente» a morte de Graça Lobo, que nasceu em Lisboa, mas veio viver para Faro ainda jovem. Graça Lobo, de 66 anos, estava internada no hospital de Faro, onde faleceu.

Licenciada em História, defendeu a tese de mestrado em Gestão Cultural sobre a Formação de Públicos para o Cinema, área de conhecimento a que dedicou toda a sua vida profissional e académica.

Foi coautora e Coordenadora do Programa JCE – Juventude/Cinema/Escola, desde o ano letivo1997/98, da então Direção Regional de Educação do Algarve, projeto que nunca abandonou e que perdura, ainda hoje, em muitas escolas.

«O reconhecimento do seu valor, a nível nacional, chegou quando se criou um ano piloto do Plano Nacional de Cinema (iniciativa das áreas governativas da Cultura e da Educação, para promover a literacia para o cinema junto do público escolar) do qual Graça Lobo fez parte, tendo continuado no Grupo de Projeto para o Plano Nacional de Cinema, como uma das representantes do Ministério da Educação e Ciência, tendo vindo a ser a sua primeira coordenadora», refere a Direção Regional da Cultura.

Entre 1994 e 2001, Graça Lobo foi ainda professora convidada na Universidade do Algarve, onde lecionou disciplinas de Cinema.

Realizou e promoveu dezenas de ações de Formação em Literacia Fílmica, por todo o país, bem como fez conferências e palestras, no país e no estrangeiro, além de ter integrado diversos júris de cinema.

Tonou-se cineclubista em 1980. Foi vice-presidente do Cineclube de Faro (CCF), de 1996 a 2008, e, entre 2015 e 2018, membro da Comissão de Formação do CCF. Atualmente, era vice-presidente da Assembleia Geral deste cineclube.

Em 2019, entrou na Direção Regional de Cultura do Algarve, para a área dos Serviços Educativos, para implementar o programa HArPA: Histórias, Arte e Património do Algarve.

Na sua nota, a diretora regional de Cultura do Algarve, «em seu nome pessoal, da instituição e todos os seus colegas, envia as mais sentidas condolências à família e amigos enlutados».

 

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