O Encontro Transfronteiriço de Mulheres Empreendedoras, que celebra, anualmente, o empreendedorismo feminino, procurando dar respostas e contribuir para estratégias conjuntas, vai ter lugar amanhã, 13 de Dezembro, no Centro Cultural Casa Grande, em Ayamonte (Espanha).
O programa começa às 10h00 (espanholas) com receção e café, seguida de notas de boas-vindas por Remedios Sanchez, do Município de Ayamonte, Filomena Sintra, do Município de Castro Marim, e Conceição Pires, do Município de Vila Real de Santo Antonio, assim como de representantes dos Europe Direct Algarve e Huelva, e de Elsa Cordeiro, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
Entre as 10h45-12h30, a jornalista Rosa Rodrígues, do Canal Costa (Huelva), vai moderar o debate, subordinado ao tema «Negócios no feminino: jovens vozes».
Pretende-se dar a conhecer as histórias e os pontos de vista das jovens convidadas, mas também promover a informação sobre oportunidades para todas as mulheres, na Europa, falar de negócios que precisam de vozes femininas e permitir a troca de boas práticas no estímulo ao empreendedorismo feminino, em ambas regiões.
Pelo Algarve estão confirmadas Carina Cruz, pela Startup de Portimão, criadora da startup My Fairy Nanny, Filipa Fonseca, gestora de redes sociais Social Media Creative e Assistente Virtual na Buddy for Business e co-founder da SPEAK Faro, e Ana Catarina, pela Algarve TecHub, Marketing, Branding pessoal e formação.
Uma parte do encontro será reservada ao networking e à mostra de produtos pelas empresas/empreendedoras presentes.
Por questões históricas, políticas e sociais, o empreendedorismo feminino – entendido como a liderança feminina em empreendimentos próprios ou não – é uma questão que apenas recentemente tem sido discutida, analisada e impulsionada.
Com a intensificação dos debates sobre a igualdade de género, o empreendedorismo tem-se aberto , cada vez mais, à participação e protagonismo de mulheres. Na União Europeia, por exemplo, as startups criam 85% dos novos empregos, mas apenas 30% destas empresas são fundadas por mulheres.
Apesar de a desigualdade de género ter vindo a diminuir nas últimas décadas, estima-se que serão ainda necessários mais 70 anos até as mulheres consigam estar em pé de igualdade com os homens – relatório da União Europeia sobre a igualdade entre os dois sexos (números de 2019).
A Europa é assim um “bom exemplo” do caminho que falta percorrer – para cada dez homens que se dedicam a uma atividade empresarial há seis mulheres.
Curiosamente, na Espanha há uma tendência à igualdade: são nove mulheres para cada dez homens.
O trabalho realizado pelas administrações locais, pelos programas internacionais (o Dia Mundial da Mulher Empreendedora, celebrado em 19 de novembro), pela melhoria na educação ou simplesmente por ter cada vez mais referências, a verdade é que a tendência da atividade empresarial feminina aumentou consideravelmente (até 10 pontos percentuais em dois anos, segundo o GEM- Global Entrepeneurship Monitor).
Deve-se acrescentar a isso que é cada vez maior o número de mulheres que procuram uma alternativa para seu futuro, empreendendo em novos projetos, sobretudo em países com economias emergentes ou com situações de dificuldade de acesso ao mercado de trabalho.
Qual é então o atual cenário do empreendedorismo feminino? Que desafios e impactos traz a liderança feminina?
Este será um dos temas em debate no Encontro Transfronteiriço de Mulheres Empreendedoras, cuja organização é da Eurocidade do Guadiana (Municípios de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António), dos Europe Direct Algarve e Huelva e da AME – Associação das Mulheres Empresárias de Huelva e conta com o apoio do projeto EURES T AA – Eures Transfronteiriço.
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