2º Bootcamp da Startup Albufeira fez nascer seis ideias de negócio

Projeto são em diversas áreas

Ajudar jovens a montar uma empresa, uma agenda cultural virtual, comunicação, apoio ao desenvolvimento online e energias renováveis são o enfoque das seis ideias de negócio que nasceram no âmbito do 2º Bootcamp da Startup Albufeira, que foram apresentadas numa sessão que decorreu em Albufeira, no dia 24 de Novembro.

Em “palco” estiveram os projetos Agnus Consulting, de Mafalda Cordeiro (auxiliar jovens empreendedores no processo de criação de empresas e negócios), Zimbora, de Sara Batista (app e website para agenda cultural), Malha, de João Silva (agência de comunicação e gestão de marcas), Minds On Digital, de Lúcia Ventura (apoio a marcas e pequenos e médio negócios no desenvolvimento online), Bvolt Renováveis, de Nuno Aires (projeção e instalação de ares condicionados e mecanismos de refrigeração) e Scott Pump Unit, de João Satfield (equipamento acionado por energia eólica destinado a mitigar a crise energética).

O júri convidado pela Câmara de Albufeira, que promoveu a iniciativa em parceria com a Territórios Criativos, foi constituído por Antónia Correia (UALg), Hélder Martins (Aheta), Maria Inês Galvão (empresária) e Vera Gomez (IAPMEI).

 

José Carlos Rolo

 

Na sessão, José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, salientou a importância «do empreendedorismo, sobretudo, no panorama de incertezas que estamos a atravessar».

Quanto aos participantes, «após trabalharem com grande afinco nos seus projetos durante mais de um mês e meio, espera-se que sejam capazes de conseguir resultados positivos e vingar na sua área de negócios», desejou.

Cristiano Cabrita, vereador com o pelouro do Empreendedorismo, assegurou, por seu lado, que, «nos últimos anos, o empreendedorismo tem sido considerado uma questão muito importante para o Município».

O autarca destacou o sucesso da segunda edição do Bootcamp Startup Albufeira e manifestou o desejo de «fazer com que estes projetos saiam do papel».

«O vosso trajeto não termina hoje e aqui. Este é o pontapé de saída e o nosso Gabinete de Empreendedorismo – AGE está sempre de portas abertas para vos receber e ajudar em todas as questões ou para a marcação de reuniões, neste caso comigo, para que consigamos fazer que os vossos projetos possam ver a luz do dia», acrescentou.

 

Cristiano Cabrita

 

Antes da apresentação dos projetos, realizou-se uma conferência intitulada “O Papel da Cultura no Turismo”, que contou com as participações de Adriana Nogueira, diretora regional da Cultura do Algarve, Hélder Martins, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve – AHETA e Anabela Santos, coordenadora da Via Algarviana.

A diretora regional da Cultura do Algarve destacou que «o turismo é uma dimensão importante e complementar da atividade cultural».

Adriana Nogueira revelou que é importante que os turistas venham visitar os monumentos e as atividades culturais que se desenvolvem no Algarve e é nesse sentido que a promoção da cultura e do turismo cultural deve ser entendida, «nós olhamos para o turismo como forma de trazer visitantes para conhecerem e fruírem do nosso património e das atividades culturais existente na região».

Hélder Martins apontou a cultura e o desporto como «ferramentas extremamente importantes» para atenuar o pico da sazonalidade e a desertificação do interior, realçando a necessidade de se promover «o casamento entre a cultura e o turismo».

«Só conseguimos fixar pessoas no interior se houver atividade económica», sublinhou, acrescentando a necessidade de se adaptar a legislação às localidades, referindo-se concretamente aos pequenos produtores locais e à dificuldade que têm em cumprir com todas as regras necessárias à comercialização dos produtos e a passar faturas.

Anabela Santos, por seu lado, salientou que «o interior tem um património natural e patrimonial riquíssimo, bem como um clima extraordinário, que constitui um elemento diferenciador e complementar à oferta turística durante a época alta».

A Via Algarviana é uma grande rota pedestre, um desafio de atratividade para todo o interior algarvio, disse, sublinhando a «necessidade de se criarem polos de atratividade e programas diversificados por parte de operadores turísticos e municípios», referindo que os itinerários da Via Algarviana têm sempre uma componente cultural e patrimonial associada, «como fator identitário dos locais que atravessa».

 

 



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