Um frigorífico de leitura, muitos km nas pernas e o leitão a rematar

Mais uma jornada do Caminhante e da sua companheira

T2 E2 – São Bartolomeu da Serra>>Roncão

Mea culpa. Ontem falei no frigorífico de leitura e não o fotografei. Reparo agora esse lapso, foi a primeira coisa que fiz quando cheguei hoje a São Bartolomeu da Serra. Isso e tirar dinheiro/movimentar o Multibanco que está junto à Junta.

 

 

É porque quem vive numa cidade não faz ideia do que significa uma Junta de Freguesia que alia a sua função institucional com o posto dos CTT e o MB, duas das funções que achamos normais e corriqueiras, mas que significam bastante para estas populações, mais pequenas em número, mas não em necessidades.

Aproveitei também para carimbar a Credencial do Peregrino na Associação de Moradores, onde assisti a um curso rápido de preparação de cogumelos, que irão servir de petisco para a malta, lá mais para o almoço. Retenho um conselho: se não os conhece bem, não os apanhe…

Não sei se repararam, mas no primeiro parágrafo disse que tinha chegado hoje a São Bartolomeu, quando ontem já lá tinha chegado no final do troço. Isto tem a ver com a logística (um pelouro em que a M é exímia).

 

 

O esquema é, mais ou menos este: dormimos no sítio A, vamos a pé de A para B, apanhamos um táxi para voltar para A. No dia a seguir, vamos de táxi para B e o táxi continua para C, onde deixa a bagagem no local (C) onde havemos de chegar a pé. Confusos? Então vamos à prática.

No primeiro dia, dormimos no Alojamento Local Covas (em Santiago do Cacém), uma antiga pensão remodelada que ainda cheira a novo. Fomos a pé até São Bartolomeu e chamámos o táxi do Sr. Periquito (nome de família) e que tem um periquito desenhado no cartão de visita. De vez em quando confundem o pássaro e telefonam para o Sr. Papagaio, mas ele não se importa.

Dormimos outra vez no Covas (que tem por baixo o Restaurante Covas, desde 1948) e hoje apanhámos um táxi para nos deixar em São Bartolomeu e não foi preciso levar as malas porque a D. Manuela “das frutas”, que nos vai alojar em Roncão, conhece as pessoas do Covas e ofereceu-se para ir buscar as malas. Resumindo: tudo boa gente, prestável e simpática.

 

 

Vamos agora ao percurso: no início, apanhámos um estradão, que nos permitiu acelerar (sem exageros, não se esqueçam que vamos a pé). Foi aqui que nos cruzámos com a única transeunte, que ficou meio espantada a olhar para nós.

As restantes (poucas) pessoas que fomos encontrando iam nos seus tratores ou a tratar da sua vida. Ah, também nos cruzámos com alguns bttistas (não esquecer que, no fim de semana, o pessoal gosta de dar ao pedal).

 

 

O caminho foi-se fazendo, através do vale da ribeira de Corona, dos habituais montados, dos esparsos medronheiros e dos muitos cogumelos. De vez em quando, passávamos por umas casas (montes, como se diz por cá) abandonadas, sentindo-nos mesmo no fim do mundo, cercados pela natureza. Mas a natureza, no fim do percurso, cobrou o seu tributo, pondo-nos pela frente umas malinas dumas subidas…

…E chegámos ao Roncão, onde nos aguardava um famoso leitão. Depois da paz e sossego da natureza, demos de chofre com uma hora de espera na rua sob um sol abrasador que nos estorricou os miolos e o corpo cansado e, a seguir, já sentados, estivemos no meio de uma agitação que nos ia traumatizando. Vá lá que uma parte do (bom) leitão nos acompanhou para o jantar…

 

 

 

Leia aqui o episódio 1 desta 2ª temporada:

T2 E1 – Santiago do Cacém>>São Bartolomeu da Serra

 

 

 



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