Livro de Maria da Graça Ventura vence prémio da Fundação Calouste Gulbenkian

Obra, editada pela Tinta-da-China, aborda os êxitos e fracassos de mareantes e emigrantes algarvios na América hispânica

O livro «Por Este Mar Adentro», da investigadora algarvia Maria da Graça A. Mateus Ventura, acaba de ser distinguido com o prémio «História da Presença de Portugal no Mundo», da Fundação Calouste Gulbenkian.

A cerimónia de atribuição do prémio terá lugar na Academia Portuguesa de História, em Lisboa, no dia 7 de dezembro, às 15 horas, contando com uma intervenção de D. Tolentino de Mendonça.

«É um prémio que muito honra a minha investigação sobre a diáspora portuguesa no mundo hispano-americano e, em particular, os algarvios», comentou a autora na sua página de Facebook.

«É um prémio muito gratificante que reconhece o mérito do trabalho realizado por mim e pelas Edições Tinta-da-China. Este prémio não é um fim, mas um incentivo para prosseguir a minha investigação sobre o Algarve e a sua relação com a Ibero-América», acrescentou a autora, em declaração enviada ao Sul Informação.

A obra, editada pela Tinta-da-China, aborda os êxitos e fracassos de mareantes e emigrantes algarvios na América hispânica.

Neste livro, a autora escreve sobre a Carreira das Índias Ocidentais entre os séculos XVI e XVII, quando as gentes do mar do Algarve forneceram barcos, apetrechos e mão-de-obra qualificada ou abrigo, sobretudo no porto de Portimão, contribuindo para a interdependência económica e estratégica da região relativamente àquela rota.

Alguns dos muitos algarvios que se aventuraram mar adentro rumo à América do Sul, nessa época, são resgatados da memória, ilustrando a teia de afetos que esse fluxo migratório originou a partir das principais vilas e portos do Algarve, com destaque para Portimão, Lagos, Faro, Loulé e Tavira.

Em Fevereiro passado, aquando do lançamento do livro, o Sul Informação fez uma entrevista em vídeo com Graça Ventura, que repetimos aqui:

 


Maria da Graça Ventura é investigadora integrada no Centro de História da Universidade de Lisboa, investigadora associada no CHAM, membro da Asociación Española de Americanistas e da Associação de Historiadores Latino-Americanistas Europeus, sendo cofundadora e atual presidente do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, criado em 1995 na cidade de Portimão.

Tem sete livros publicados, a maioria dos quais sobre a Ibero-América, participando regularmente em numerosas obras coletivas, com capítulos de livros e artigos em revistas portuguesas e internacionais, sendo também avaliadora externa de diversas revistas nacionais e ibero-americanas. É ainda diretora da «Meridional: Revista de Estudos do Mediterrâneo».

 

 



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