Hospital de Faro tem nova Unidade de Medicina Intensiva, Centro AVC e Laboratório de Ortoprotesia

«Falta-nos sempre pessoas, mas temos, para já, as instalações e acho que isso nos vai ajudar»

O Hospital de Faro tem uma nova Unidade de Medicina Intensiva, com mais 14 camas, um novo Centro de AVC e um Laboratório de Ortoprotesia que já entregou uma primeira prótese a uma criança. Estas novas valências, inauguradas esta sexta-feira, 4 de Novembro, são uma «mais valia para todos os doentes da região». 

As três inaugurações contaram com a presença de Manuel Pizarro, ministro da Saúde que esteve de visita ao Algarve.

A nova Unidade de Medicina Intensiva tem 14 camas (número que pode crescer) e é onde estão a funcionar os polémicos ventiladores comprados pela Comunidade Intermunicipal do Algarve para o Centro Hospitalar Universitário do Algarve.

Esta nova unidade também partilha uma área destinada a doentes normalmente referenciados para Centro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Aliás, das 14 camas, seis estão mais destinadas a doentes que tenham sofrido um AVC.

Por isso, a criação de um centro de AVC, numa área próxima dos Cuidados Intermédios, serve para também melhorar o atendimento aos doentes de AVC que precisem de aumentar o nível de cuidados.

 

 

De resto, com o novo Centro, o Hospital de Faro vai ter novos avanços em tratamentos como a Trombectomia, Intervenção Vascular, Angiografia e a articulação com a Reabilitação Intensiva prestada no CHUA, também no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, em São Brás de Alportel, e em Lagos.

Em declarações aos jornalistas, Horácio Guerreiro, diretor clínico do CHUA, adiantou que um dos objetivos também passa por começar a fazer «cirurgia cardíaca em três a seis meses».

«Temos uma equipa altamente diferenciada que quer vir para cá trabalhar e irá ver as instalações a curto prazo. Estamos a enviar cerca de 150 doentes do coração para Lisboa, o que é um número grande», explicou.

«É importante ter cuidados intensivos e elasticidade na oferta de cuidados intensivos, porque muitos desses doentes, da cirurgia cardíaca ou pulmonar, precisam de cuidados intensivos», acrescentou.

A outra valência que foi inaugurada ontem, pelo ministro da Saúde, trata-se de um Laboratório de Ortoprotesia que permitirá produzir, no CHUA, tanto próteses como ortóteses.

Segundo Horácio Guerreiro, a lista de espera para estes equipamentos é «grande».

«As pessoas às vezes ficam à espera de uma ortose, de uma cadeira de rodas, e esse é um ponto muito importante porque estamos a fabricar produtos para cada pessoa que, depois, reutilizaremos noutras. É uma resposta mais rápida», enquadrou.

 

 

A inauguração deste Laboratório contou com um momento especial: o ministro da Saúde entregou, a uma criança, a primeira ortótese, para os pés, feita nesta nova valência.

«Queria dar uma nota muito especial a este novo serviço de produtos de saúde e laboratório de ortoprotesia. É um sinal de algo que não pode deixar de estar presente num serviço de saúde, que é a preocupação e o carinho em relação às pessoas que precisam de produtos de apoio diferenciados e adaptados a cada necessidade, e ao mesmo tempo é uma visão moderna sobre a matéria, baseada na utilização das novas tecnologias e na lógica da economia circular», disse Manuel Pizarro.

De resto, para Ana Vargues Gomes, presidente do Conselho de Administração do CHUA, estas novas valências são «uma mais valia para todos os doentes da região».

«Falta-nos sempre pessoas, mas temos, para já, as instalações e acho que isso nos vai ajudar», concluiu.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação e CHUA

 

 

 



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