Orçamento de Estado tem «uma mão cheia de nada» para o Algarve, acusa o PSD

Deputados do PSD eleitos pelo Algarve reagiram à proposta de OE para 2023

O Orçamento do Estado (OE) para 2023 reserva «uma mão cheia de nada» para a região algarvia, acusaram os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Faro, numa reação à proposta apresentada pelo executivo de António Costa na Assembleia da República, na passada semana.

Os deputados social-democratas algarvios lamentam que o Algarve seja «um tema praticamente omisso na proposta de OE» e que não inclua «nenhuma medida que responda aos desafios e à realidade, dura, que os algarvios atravessam», apesar de a União Europeia «ter considerado a região do Algarve como uma das mais afetadas, economicamente, pela pandemia».

«Não há, nesta proposta de Orçamento do Estado nenhuma medida para pôr fim ao caos em que se encontra a Saúde no Algarve, nem quaisquer propostas concretas para dar resposta às necessidades no âmbito da eficiência hídrica, mesmo quando estamos na iminência de não haver água para abastecimento no próximo verão», acusam Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos.

Nas «centenas de páginas» do OE não há «nem uma referência à aplicação do desconto de 50% das portagens da A22, aprovado em 2021 pelo Parlamento. Mais uma vez fica por efetuar a requalificação da EN125, apesar de o Governo estar a pagar, a título indemnizatório, 1,26 milhões de euros, por mês, à empresa que ganhou o concurso, além dos 30 milhões que já haviam sido pagos no âmbito daquele litígio judicial».

«Uma vez mais nem uma proposta que possa resolver o problema da habitação e nem uma linha sobre a concretização de investimentos que permitam diversificar a base económica o Algarve», concluem os deputados do PSD, que desafiam os seus congéneres do PS, eleitos pela região, a olhar «com seriedade para a proposta de Orçamento do Estado» e a exercer «a sua influência junto do Governo, de modo que possam ser aprovadas propostas de alteração ao documento que evitem que, mais uma vez, para o Algarve vá uma mão cheia de nada».

 

 



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