Há novos «trabalhos ilegais de plantação de abacates» no Parque Natural da Ria Formosa

Esta situação com o empresário sueco não é nova

Novos «trabalhos ilegais de plantação de abacates», por parte de um investidor agrícola sueco, na Quinta da Barroquinha, perto de Cabanas de Tavira, em pleno Parque Natural da Ria Formosa, foram denunciados pelo movimento Tavira em Transição.

Segundo o movimento, «apesar das várias denúncias a diversas entidades, queixas ao Ministério Público, processos, embargos e multas, o investidor agrícola continua os seus trabalhos ilegais de plantação de abacates, de forma reincidente, criminosa e desobediente».

Estes trabalhos já foram embargados pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) que reagiu no passado dia 14 de Outubro.

Apesar disso, o Tavira em Transição denuncia que «o SEPNA foi também várias vezes informado, mas nada nem ninguém consegue ou quer parar este senhor».

«Está também a ser preparada uma queixa para o Ministério Público. Mas entretanto a plantação está praticamente terminada. Ficará tudo novamente em águas de bacalhau?», interroga o movimento.

 

 

Não é nova esta situação com o empresário sueco, que acumula uma enorme extensão de abacateiros nesta zona do Parque Natural (cerca de 65 hectares num raio de 1,5 quilómetros).

Em Setembro de 2020, já tinha sido denunciada a construção sem qualquer licença de uma série de edifícios (que não existiam em 2019, como o comprovam as imagens do Google Earth).

Em Abril de 2021, foi denunciada a construção de um muro de pedra com dois metros de altura, uma estrada com três metros de largura e uma vedação, tudo implicando movimentações de terra ilegais e destruição do coberto vegetal na faixa de proteção da zona lagunar.

Também em Junho de 2021, o mesmo dono continuou a abater árvores apesar de um embargo do ICNF.

«Esta situação é chocante e mostra a decadência dos nossos serviços públicos», conclui o movimento Tavira em Transição, na sua denúncia.

 

 



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