Os dois coletores de meia encosta para diminuir o risco de inundações em Albufeira são para «avançar já», mas o túnel que irá desviar a ribeira da Baixa da cidade terá de esperar por oportunidades de cofinanciamento.
A garantia foi dada ao Sul Informação por José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, à margem de uma sessão de apresentação dos Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI) das Regiões Hidrográficas do Guadiana e das Ribeiras do Algarve, que decorreu esta segunda-feira, dia 10, nos Paços do Concelho.
No plano das Ribeiras do Algarve, aquele que diz respeito a Albufeira, duas das empreitadas previstas fazem igualmente parte do Plano de Drenagem de Albufeira, criado em 2016, na sequência das destruidoras cheias que ocorreram a 1 de Novembro de 2015, na Baixa desta cidade.
Entretanto, esse plano municipal começou a ser implementado e até já deu frutos.
«A obra de mitigação das cheias junto ao Inatel já foi realizada, bem como a construção da estação elevatória do Largo dos Pescadores. Faltam agora duas obras que, quanto a mim, são prioritárias», revelou o edil albufeirense.
A «que é muito mais pujante, muito mais forte» é a do túnel, que, apesar da sua importância, «só pode avançar com uma forte comparticipação».
«Esta é uma obra que nós não conseguimos fazer sozinhos, sem um apoio quase total, ou mesmo total» de fundos nacionais ou da União Europeia, disse.
A estimativa mais recente aponta para um custo de 27 milhões de euros, valor que «será meramente indicativo. Se calhar, com os preços atuais, já estamos a falar de um custo de 30 e tal ou mesmo 40 milhões».
«Terá de ser com financiamento. Ir buscar dinheiro ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) será muito complicado, porque não sei se seria possível terminar a obra até 2026, como eles preconizam. Julgo que teremos de esperar pelo Portugal 2030», disse José Carlos Rolo.
Quanto à construção dos dois coletores de meia encosta, «um na zona nascente, outra na zona poente», é uma obra «prioritária».
«Estamos a tentar contrair um empréstimo para assegurar a parte que não será comparticipada pelo fundo ambiental e por fundos europeus ou, eventualmente, o PRR», disse o presidente da Câmara de Albufeira.
Certo é que, na visão de José Carlos Rolo, a obra «é para avançar já, até porque obras nesta zona de Albufeira são sempre muito complicadas, por causa do Verão. Temos de planear muito bem, para não prejudicar a economia local».
Comentários