Misericórdia de Lagoa investe 1,2 milhões para criar Centro de Dia inovador

Centro de Dia terá capacidade para 30 utentes

Paulo Francisco, provedor da SC Misericórdia de Lagoa, à porta do antigo hospital

«Um Centro de Dia que vai procurar trabalhar com pessoas que têm mobilidade suficiente para desenvolver atividades, no sentido de tirar partido da sua experiência de vida, e procurar trabalhar em experiências trocadas com jovens». É assim que Paulo Francisco, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lagoa, descreve o novo Centro de Dia, aprovado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. 

Trata-se de um investimento de 1 240 086 euros que resulta na adaptação do antigo Hospital da Misericórdia de Lagoa e que se encontrará dimensionado para 30 utentes. O Centro de Dia será ainda composto por uma sala de estar e atividades, refeitório, um gabinete de cabeleireiro e pedicure, um alojamento temporário e um pátio interior de apoio à sala de atividades.

O Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário é também, segundo Paulo Francisco, um projeto piloto desenvolvido pela União de Misericórdias com a Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Coimbra, que irá «trabalhar com novas tecnologias à distância,  procurando uma equipa multidisciplinar com uma estrutura por trás, que vai recolhendo toda a informação através dos dados dos utentes e que os vai acompanhar em várias fases do seu processo de integração na instituição».

 

Antigo Hospital da Misericórdia de Lagoa – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

De acordo com o responsável pela Misericórdia, a readaptação do Hospital permitirá ainda que o espaço fique preparado para, no futuro, agregar ao edifício uma Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas (ERPI).

Além de «aumentar a qualidade de vida e apoio aos mais idosos», esta estrutura irá criar 40 postos de trabalho imediato.

O Centro de Dia de Lagoa é apenas uma das 13 respostas aprovadas no Algarve no âmbito do PRR. As últimas quatro respostas (duas direcionadas para a infância e duas para os idosos) viram os seus contratos assinados no passado dia 7 de Setembro, em Faro, na presença de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e dos representantes da Fundação São Barnabé, Centro Paroquial de Cachopo, Fundação António Aleixo e o Município de Albufeira.

 

Assinatura dos últimos quatro contratos no âmbito do PRR, em Faro. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Durante a cerimónia, a ministra realçou ainda a importância da assinatura destes contratos que representam «a concretização de sonhos».

«São projetos pensados há muitos anos, que não tinham tido oportunidade de ter um investimento para ajudar na sua concretização e agora têm. Isto só mostra a dimensão da necessidade que nós temos no investimento social, que ficou ainda evidente com a pandemia», continua.

No total, o Plano de Recuperação e Resiliência representou já para o Algarve 13 respostas, com 529 lugares de intervenção e quase 10 milhões de euros de investimento público.

«Todos ganhámos uma legitimidade acrescida durante a pandemia, quando ficou evidente que há necessidade de termos mais capacidade de resposta aos desafios estruturais em termos da demografia e desigualdades e conseguirmos também responder àquela que é a evolução natural da pirâmide etária: ter mais e melhores respostas para o envelhecimento e infância», rematou Ana Mendes Godinho.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 



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