Ministra diz que CAES é «uma vitória coletiva» e aponta Algarve como «o exemplo em Portugal»

Centro de Alojamento de Emergência Social do Algarve foi oficialmente inaugurado esta quarta-feira, 7 de Setembro

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

«Esta é uma vitória coletiva, de uma estratégia coletiva para responder individualmente a quem precisa». Foi assim que Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, definiu o Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) do Algarve, oficialmente inaugurado esta quarta-feira, 7 de Setembro, feriado municipal de Faro. 

A ministra começou por congratular a equipa do MAPS e restantes entidades envolvidas neste projeto, referindo que «todas as barreiras foram ultrapassadas porque todos estávamos munidos de um objetivo comum que era criar aqui um espaço de transformação de pessoas».

Ana Mendes Godinho aproveitou ainda o momento para elogiar «a capacidade regional de articulação que tem havido».

«Estas respostas não se dão com o toca e foge de uma única entidade. Respondem-se com uma abordagem integral de que o Algarve é o exemplo em Portugal. O Algarve conseguiu montar uma estratégia regional, articulando todos, pondo todos a trabalhar em conjunto, o que, neste momento, permite, por exemplo, que entre as respostas de emergência e transição já tenhamos aqui no Algarve mais de 160 vagas depois de dois anos, partindo quase do zero», disse, apontando a inauguração do CAES como «um dia simbólico».

Na cerimónia, estiveram ainda presentes os vários voluntários que ajudaram a erguer este projeto comandado por Fábio Simão, presidente do MAPS, e Elsa Morais Cardoso, vice-presidente, que agradeceram a ajuda «incansável» de Margarida Flores, diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Faro, e de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro.

 

Elsa Morais Cardoso e Fábio Simão, do MAPS – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«Este é um equipamento que faltava há muito no Algarve e que, para nós, autarquia e Governo, irá aliviar a angústia de ver pessoas na rua e não conseguir chegar até elas. É isso que muitas vezes sentimos por saber que está ali alguém, mas não temos capacidade efetiva para os ajudar, porque a ajuda que lhes damos quando têm frio, com uma manta, ou quando têm fome, com uma refeição, é uma ajuda muito pouca. Aqui, vamos ter um equipamento que vai tentar ajudar as pessoas no sentido de as integrar novamente na sociedade», frisou o autarca de Faro.

Esta «casa de esperança», como a definiu Margarida Flores, está agora pronta para acolher 46 pessoas – sendo que inicialmente foi criada uma resposta para 30. Desde 1 de Setembro, já por aqui passaram várias pessoas, sendo que uma delas é, atualmente, colaboradora do MAPS, como o Sul Informação ontem deu conta, em reportagem.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

 



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