Há um novo protocolo para proteger orcas e veleiros

Esta necessidade surge devido aos recentes incidentes, verificados ao largo da Costa Portuguesa, entre orcas e veleiros: um deles, em Sines

Foto: Mar Ilimitado

Definir medidas de autoproteção e conservação das orcas – e também dos veleiros. É isto que pretende uma primeira atualização do protocolo de segurança, em relação a estes cetáceos, que já foi acordada entre o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Associação Naval de Lisboa (ANL).

Esta necessidade surge devido aos recentes incidentes, verificados ao largo da Costa Portuguesa, entre orcas e veleiros: um deles, em Sines.

O objetivo é «que seja criada e mantida uma colaboração permanente, dinâmica e efetiva, entre o ICNF e a comunidade de velejadores, visando garantir a conservação das orcas e a segurança de navegação», explicam as entidades.

Neste contexto, foram promovidas reuniões de trabalho entre as duas instituições, tendo resultado das mesmas uma primeira atualização do Protocolo de Segurança.

Ambas as partes concordaram também na importância da manutenção deste grupo de trabalho, e que o mesmo possa contar, sempre que necessário, com o envolvimento das autoridades marítimas nacionais, a comunidade científica que estuda estes fenómenos, bem como toda a comunidade organizada de velejadores.

Foi ainda abordada nesta reunião a necessidade da disponibilização urgente, aos velejadores, das informações já recolhidas pelo Grupo de Trabalho Orca Atlântica (GTOA) e a atualização e divulgação mais frequente das localizações das interações mais recentes nas páginas de Facebook participadas por ambas as entidades.

O compromisso assumido por ambas as entidades passa pela procura de soluções que visam a deteção atempada, monitorização e seguimento dos grupos de orcas ao longo da costa portuguesa, emissão de avisos à navegação, entre outros mecanismos que previnam estas interações, bem como métodos e técnicas a adotar, eficientes e que evitem danos a pessoas e embarcações em caso de interações ou incidentes com estes mamíferos marinhos.

Por último e considerando que esta subpopulação de orcas que habita nos nossos mares e cujo estatuto de proteção é criticamente ameaçado, as entidades concordaram em «envidar todos os esforços no sentido da sua proteção e conservação».

 

 



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