CAMP, o festival que não o é, está quase a chegar ao Morgado do Quintão

Carminho, Bruno Pernadas e Mário Laginha são os músicos, mas o não-festival oferece muito mais que concertos

Morgado do Quintão – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

Não é um festival, mas terá músicos, criadores e pensadores, todos reunidos numa vinha algarvia, para celebrar a terra, o sentido e a beleza. Será de 7 a 9 de Outubro, no Morgado do Quintão, em Lagoa.

Aproxima-se a primeira edição do CAMP, um projeto paralelo promovido pelo Morgado do Quintão, que gosta de se apresentar como «o irreverente produtor de vinhos do Algarve».

O não-festival CAMP conta com espetáculos de Carminho, Bruno Pernadas e Mário Laginha, além de uma programação alargada com talks, workshops e outras atividades que celebram o final das vindimas e o início de um novo ciclo.

O evento realiza-se entre as vinhas antigas, debaixo de uma oliveira milenar e com a imponente serra de Monchique como pano de fundo.

É ali que nascerá um espaço suspenso da realidade e onde, ao longo de três dias, se vão reunir músicos, criadores e pensadores para um não-festival em que a música terá um lugar de destaque, aliada a uma proposta de programação cultural desafiante, numa escala intimista.

Filipe Caldas de Vasconcellos, responsável pelo Morgado do Quintão e fundador deste não-festival, em declarações ao Sul Informação, recordou que a sua mãe era uma artista e pessoa de cultura. «Não sou artista, mas cresci neste ambiente. Talvez por isso, quando tomei em mãos o projeto do Morgado do Quintão, recuperando as vinhas, percebi que faltava aqui um ingrediente, que é a Cultura».

Neste novo e inovador não-festival, «o foco não vai ser vender ou sequer promover o nosso vinho, mas oferecer uma experiência que permita às pessoas evoluir», acrescentou Filipe Caldas de Vasconcellos. Ainda assim, haverá vinhos e comida.

Para alguns espectadores mais sortudos, a experiência será total, uma vez que poderão ficar na quinta durante alguns dias, nas casas turísticas de que o Morgado do Quintão dispõe.

Em termos de programação, a proposta do evento contempla três concertos de artistas que comungam dos valores e do conceito do CAMP: Carminho (7 de outubro), Bruno Pernadas (8 de outubro) e Mário Laginha (9 de outubro), sendo que a participação destes artistas no CAMP’22 não se resumirá aos conceitos artísticos que apresentam em palco e irá promover a sua proximidade com os participantes do evento.

As Talks, ciclo de conversas com convidados que se centra numa reflexão sobre o tema principal do CAMP’22 – “Terra, Sentido e Beleza”, integram participantes de destaque como o fotógrafo e editor Cláudio Garrudo, o advogado e astrólogo Duarte Miranda Mendes (Duarte Amadeu), a arquiteta e urbanista Rita Castel’Branco, o sensorialista Lourenço Lucena, e Pedro Teixeira, professor da Universidade de Lisboa e fundador do Safejourney, entre outros. A antropóloga Maria Manuel Restivo junta-se também ao CAMP, numa parceria com a Brotéria.

A programação CAMP’22 integra também a ante-estreia do documentário “Tilt”, da autoria da produtora Teresa Júdice da Costa. Este documentário debruça-se sobre a criação poética e será apresentado pela própria produtora que marcará presença no evento.

Em paralelo aos concertos, neste fim de semana de Outubro, será também possível conhecer a propriedade, participar de workshops e de outras atividades que serão anunciadas brevemente e que integram a agenda cultural irreverente e criativa que o Morgado do Quintão oferece e promete agitar ideias e sentidos daqueles que se juntarem a esta experiência única.

Segundo Filipe Caldas de Vasconcellos, «o CAMP é um encontro entre música e cultura que se unem como um guia de campo para cada um de nós se perder e encontrar. Para expandirmos o nosso pensamento, através da arte, música, alegria e partilha e celebrarmos a vida. É sobre provocar e fazer pensar, de verdade».

«Com o CAMP pretendemos que haja partilha, reflexão e valorização, uns com os outros, neste lugar, que começa a ser maior do que a sua fronteira física. A partir daqui, o CAMP será onde a ligação à terra, ao sentido e à beleza das coisas acontece, todos os anos, após as vindimas, em preparação para um novo ciclo que começa», conclui.

O preço dos bilhetes para o CAMP vai desde os 20 aos 150 euros, conforme a experiência pretendida. Clique aqui para saber mais e comprar o seu bilhete.

 

 

 



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