Ponte Ferroviária de Portimão fez 100 anos num aniversário saboroso

Tertúlia do Grupo de Amigos do Museu de Portimão recordou o atribulado caminho do comboio até ao Barlavento Algarvio

Portimão comemorou, no passado sábado, 30 de Julho, o centenário da inauguração da sua Ponte Ferroviária, que permitiu ao comboio atravessar, finalmente, o rio Arade e chegar a esta cidade, bem como uns quilómetros mais além, a Lagos.

Os 100 anos foram comemorados através de uma mostra de “Filatelia Ferroviária”, da Associação Filatélica do Algarve, no Centro Paroquial da Nossa Senhora do Amparo, seguida da inauguração, no Museu de Portimão, da exposição “100 anos da Ponte Ferroviária de Portimão”, do lançamento do selo inteiro postal dos CTT, comemorativo da efeméride e de uma tertúlia do Grupo de Amigos do Museu de Portimão, que culminou com um brinde final, onde não faltou o bolo de aniversário.

No Auditório do Museu de Portimão, numa muito participada tertúlia organizada pelo GAMP, José Gameiro, diretor científico do Museu, apresentou uma muito visual viagem histórica pela difícil e longa odisseia, que envolveu a chegada do caminho de ferro a Portimão e a conclusão do ramal de Tunes até Lagos, graças à construção da Ponte Ferroviária sobre a rio Arade, inaugurada há 100 anos, precisamente em 30 de julho de 1922.

Gameiro apresentou uma síntese dos principais aspetos, avanços e recuos que envolveram a evolução desta lenta caminhada que, 66 anos depois da inauguração do Caminho de Ferro em Portugal (28-10-1856), contribuiu finalmente para melhorar a capacidade de deslocação e transporte no território nacional, não só dos portimonenses, mas de todas as populações do Barlavento algarvio.

A terminar, José Gameiro fez votos para que a partir desta data comemorativa, a ponte se transformasse simbolicamente numa passagem para “outras margens”, nomeadamente as de uma maior sustentabilidade, mobilidade e acessibilidade.

Nesta tertúlia, a direção do GAMP aproveitou para se congratular igualmente com a nomeação de José Gameiro como Museólogo do Ano, pela APOM-Associação Portuguesa de Museologia, pelo seu papel na promoção e prestígio a nível europeu, da museologia local, regional e nacional.

A fechar teve lugar o saboroso e doce brinde final, comemorativo desta efeméride, para o qual muito contribuiu um bolo especial, sobre a construção desta ponte centenária, como sempre saído das mãos exímias de Vera Santos.

 

 



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