Concertos ao Entardecer fazem Culatra, Faro e Sagres «viajar na música»

Concertos decorrem durante três fins de semana de Setembro

Foto: Fabiana Saboia | Sul Informação

Ao pôr do sol, com vista para a ria e para o mar e envoltos em natureza: assim serão os Concertos ao Entardecer, promovidos pela Associação ArQuente, que vão fazer a ilha da Culatra, Faro e Sagres «viajar na música» durante o mês de Setembro.  

Quem o garante é Fúlvia Almeida, presidente da Associação Cultural ArQuente, ao mesmo tempo que explica ao Sul Informação que estes concertos de «música alternativa» foram pensados para trazer ao Algarve «certas bandas que têm um som mais urbano e que já se fazem ouvir em Lisboa e no Porto, mas que, de outra forma, não vêm cá».

O convite estende-se ainda aos artistas algarvios «que se enquadram neste uníssono de música alternativa». É o caso de Mateus Verde, o responsável pelos últimos espetáculos do mês.

Os Concertos ao Entardecer, que começaram em 2011 – altura em que a Associação ArQuente começou a funcionar na Galeria Arco de Faro -, serão este ano divididos em três fins de semana de Setembro (de 9 a 11, de 16 a 18 e de 23 a 25), durante os quais os três artistas (Bia Maria, Bandua e Mateus Verde) atuarão durante três dias.

 

 

«A nossa ideia é também proporcionar bons momentos a quem vai aos concertos. Toda a envolvente, o pôr do sol e a natureza fazem com que as pessoas consigam viajar na música», diz Fúlvia.

Este ano, os concertos vão decorrer na Galeria Arco, em Faro, na Fortaleza de Sagres e na Ilha da Culatra, pela segunda vez.

«Pensámos em levar os concertos para a ilha porque é um espaço único. Em 2021, fizemos a proposta à Associação de Moradores e eles aceitaram porque acharam a ideia muito gira», conta.

Com a pandemia, Fúlvia diz que o evento ficou «aquém», por isso, as expectativas para este ano são grandes, já que a resiliência, essa, ninguém lhes tira.

«Quando começámos a fazer estes concertos, havia dois entraves: as bandas não eram conhecidas do grande público, e, por isso, as pessoas iam a medo, e os concertos eram ao final da tarde. Nessa altura, as pessoas ainda procuravam tudo à noite, não existia este hábito, mas nós fomos persistentes e conseguimos criar um público».

Na Culatra, esta é também a ideia da ArQuente: «levar para a ilha um estilo de música que nem sempre se ouve por lá».

Em Sagres e na Culatra, os concertos serão de entrada livre. No caso da Culatra, após o concerto ainda haverá barco para regressar. Já na Galeria Arco, em Faro, o bilhete custa 6 euros, mas, para quem quiser participar nos três eventos, fica por 15 euros. Basta fazer a reserva através do email [email protected].

O Ciclo de Concertos ao Entardecer, organizado pela ArQuente, teve início em 2011, na Galeria Arco, e estendeu-se à Fortaleza de Sagres, em 2015, ao abrigo do Programa DiVaM. Em 2021, foi a vez de a Culatra receber a iniciativa pela primeira vez.

Programa

Bia Maria
Sexta-feira, 9 Setembro – Ilha da Culatra – 18h30
Sábado, 10 Setembro – Galeria Arco Faro – 19h00
Domingo, 11 Setembro – Fortaleza Sagres – 18h00
Bandua
Sexta-feira, 16 Setembro – Ilha da Culatra  – 18h30
Sábado, 17 Setembro – Galeria Arco Faro – 19h00
Domingo, 18 Setembro – Fortaleza Sagres – 18h00
Mateus Verde
Sexta-feira, 23 Setembro – Ilha da Culatra  – 18h30
Sábado, 24 Setembro – Galeria Arco Faro – 19h00
Domingo, 25 Setembro – Fortaleza Sagres – 18h00

 

Quem vai atuar nos concertos ao entardecer 

 

Bia Maria:
Beatriz Pereira, nascida e criada em Ourém, é padroeira do ato de “escreviver”. Num precipício entre Beatriz e Maria, a sua caneta vem desfolhar um diário de cores, texturas e dissabores. Convoca melodias com origem no fado, na pop, na bossa nova e no canto popular, para as condensar numa sonoridade que tanto tem de terra-a-terra como de sonhadora. Depois de Mal Me Queres, Bem Te Quero e Tradição, regressa à sua primeira casa musical, o piano, para o terceiro EP, ‘Do Roberto’.

 

Bandua:
BANDUA é o projeto colaborativo entre Tempura the Purple Boy e Edgar Valente onde a música eletrónica de downtempo berlinense se encontra com o espírito popular da Beira Baixa. Bandua agarra no cancioneiro popular da região da Beira Baixa e encara-o com uma reinterpretação folk eletrónica à moda do downtempo berlinense. Concebido pelo músico e produtor luso-brasileiro Tempura the Purple Boy e com a participação do cantor e músico português Edgar Valente, Bandua representa a primeira vez em que estas sonoridades, poemas e canções são transformadas num disco melancólico pop eletrônico de língua portuguesa.

 

Mateus Verde: 
Mateus Verde é um cantautor algarvio. Com a voz, acompanhada pela guitarra elétrica, cria música contemplativa e intimista inspirada na natureza e nos seus mistérios. Os seus temas vão desde um ambiente “Folk” a paisagens atmosféricas e sonhadoras explorando sempre um imaginário misterioso e por vezes esotérico. Lançou o seu primeiro EP “Esteva” no final de 2016 e o seu primeiro álbum “Feiticeira” no Verão de 2020.

 



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