Alunos de Medicina querem manter estágios no CHUA sem excluir Garcia de Orta

Alunos reuniram-se em plenário e sublinham a necessidade de «diálogo» entre as instituições

Foto: Direção do NEMed-UAlg | Facebook

O Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Algarve apelou, num comunicado emitido esta sexta-feira, 5 de Agosto, «à manutenção do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) enquanto instituição de apoio ao ensino clínico, incluindo, mas não limitando», também o Hospital Garcia de Orta, em Almada. 

A posição oficial dos estudantes surge depois de um plenário, realizado na noite de ontem, dia 4, onde os alunos debateram a recente polémica entre o CHUA e a UAlg que já levou ao pedido de demissão de Isabel Palmeirim, diretora do Mestrado Integrado em Medicina e da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas.

Neste comunicado, os estudantes assumem que o Hospital Garcia de Orta – para onde estariam a ser «coagidos» a ir, em detrimento do CHUA, segundo uma carta aberta – pode ser uma hipótese, mas não a única.

O acesso aos estágios, dizem, «deve ser feito garantindo liberdade na escolha das vagas, em igualdade de oportunidades, mediante o número definido por cada instituição parceira de apoio ao ensino clínico».

Os estudantes reconhecem «e sublinham» a necessidade de «diálogo» entre as instituições, como o CHUA, a UAlg e o próprio Algarve Biomedical Center (ABC), «respeitando os objetivos estratégicos estipulados que ditam a presença do curso na região».

Os alunos também assumem uma posição de «neutralidade perante os acontecimentos e discordâncias entre instituições – discordâncias das quais os estudantes se isentam – que levaram à presente situação».

O Núcleo de Estudantes da Medicina realça igualmente que o plenário «é o único órgão formal e oficial representativo dos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve (UAlg)».

«Qualquer outro comunicado não deverá ser considerado representativo da vontade coletiva dos Estudantes de Medicina da Universidade do Algarve», acrescentam.

De resto, esta polémica começou precisamente com uma carta aberta, não assinada, alegadamente enviada pelo «grupo de estudantes» de Medicina, que dava conta da «coação» para os alunos ingressarem no Garcia de Orta,

«Dado os alunos serem os maiores interessados na garantia de uma formação médica de qualidade, bem como da estabilidade na definição do plano curricular, dispõe-se o plenário a ser representado pela Comissão de Curso eleita (composta pelos representantes de cada ano) e pelos Órgãos Sociais do NEMed, nos diálogos futuros que envolvam a reitoria da UAlg, a Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas e as instituições de ensino clínico parceiras», conclui o comunicado do Núcleo de Estudantes.

 

 



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