PSD teme encerramento da Maternidade de Portimão e exige medidas para o evitar

Em causa a «ausência de soluções para o problema»

O PSD Algarve acredita que o Governo se verá obrigado a encerrar a Maternidade de Portimão, devido à «ausência de soluções para o problema» e ao facto deste ser um problema «estrutural», e exige medidas «muito mais do que medidas pontuais» para evitar este desfecho.

Numa nota de imprensa lançada hoje, dia 11 de Julho, os social-democratas lembram que a Maternidade de Portimão «esteve encerrada treze dos últimos trinta dias», uma situação que apelidam «da maior gravidade, sem qualquer paralelo», que «ameaça conduzir a maternidade de Portimão a uma decisão de encerramento definitivo».

«A inexistência do serviço em tantas ocasiões sublinha quão estrutural é o problema, o qual não resulta de períodos de férias de médicos ou de pico de atividade, mas sim da escassez de pediatras, o que põe em causa os cuidados a grávidas e bebés, agora obrigadas a percorrer grandes distâncias para realizarem os partos», alega o principal partido da oposição.

«Além disso, porque também se encontra comprometido o funcionamento da urgência pediátrica, também as crianças que carecem de cuidados urgentes necessitam de se deslocar a Faro», acrescenta.

Na visão de Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve, «a ausência de soluções para o problema vai conduzir ao encerramento da maternidade de Portimão, no âmbito da reestruturação que a ministra [da Saúde] anunciou. Isto é muito grave.

«Como o Governo não consegue resolver o problema, começa a pensar em encerrar. É a política do facto consumado. Vão dizer que os nascimentos diminuíram – é natural, está muitas vezes encerrada e as grávidas evitam planear a gravidez para essa maternidade – e depois vão tornar a decisão o mais normal possível. Não o deixaremos e estamos atentos para exigir responsabilidades», alega Cristóvão Norte.

O social-democrata salienta que «o problema da saúde no Algarve é estrutural e tem muitas causas, algumas delas especificas da região como os preços da habitação, por exemplo. Para o resolver é preciso muito mais que medidas pontuais. É preciso mexer nas carreiras, derrotar corporativismos de números de vagas e de formação».

Carlos Martins, presidente do PSD Portimão, considera, por seu lado, que «o objetivo tem de ser encontrar soluções para manter a maternidade e jamais procurar o problema, fácil, de se ousar pensar em fechar a maternidade».

«Está nas mãos do Governo, de uma Ministra com já longos quatro anos de conhecimento do setor e desta realidade, encontrar soluções para toda a região do Barlavento algarvio. O PSD, também em Portimão, estará convicto do lado da vida da maternidade e das vidas que queremos que cá se iniciem». concluiu.

 

 



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