O PSD/Algarve pronunciou-se esta quarta-feira, 6 de Julho, quanto ao pedido de demissão da diretora clínica do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMR Sul), referindo que o centro «atravessa a pior crise de sempre».
A situação tornou-se pública depois de este domingo, 3 de Julho, Associação Movimento Determinante (Associação de cidadãos com deficiência, seus cuidadores e amigos), ter anunciado que Arminda Lopes, no cargo há dois meses, se demitiu após o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) não ter cumprido as condições acordadas.
«Dá dó a todos os que conhecem ou beneficiaram com o CMR Sul que esta instituição, outrora de excelência, esteja, por estes dias, a viver um momento tão negro. Este centro presta cuidados que salvam vidas, que abrem horizontes de esperança, e as patologias a que responde têm uma janela terapêutica muito apertada. Ou têm lugar em tempo próprio ou os danos tornam-se irreversíveis», diz Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve.
Em nota enviada à redação, o partido realça ainda que «quem tem um AVC, por exemplo, não pode esperar meses para iniciar a recuperação, entre tantos outros casos» e aponta responsabilidades também ao Governo.
«Prometeu, quando decidiu integrar o CMR Sul no CHUA, que iria tornar o primeiro num centro de responsabilidade integrada, uma modalidade que oferece maior autonomia de gestão e que garantiria a agilidade que a gestão do centro carece. Passaram quatro anos e nada foi feito, a degradação do CMR Sul acentuou-se», continua Cristóvão Norte.
Rui Silva, presidente do PSD de São Brás de Alportel, diz ainda ser «inadmissível esta instabilidade no CMR Sul».
«Não aceitamos que uma das mais importantes unidades de medicina e reabilitação física do país seja considerada pelo CHUA como uma extensão do Hospital de Faro(…) Estamos perante uma conjuntura onde os interesses do CMR Sul não são uma prioridade para o CHUA, e como tal o é preciso uma auditoria interna ao CMR Sul, que permita avaliar o atual funcionamento desta unidade», frisou.
O PSD Algarve diz agora ter solicitado aos seus deputados à Assembleia da República, Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos, que requeiram a realização de um conjunto de audições no sentido de pressionar o Governo a agir urgentemente nesta matéria importante.
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