Infantário da Falfosa ensina que é de pequenino que se previne o afogamento

Dia Mundial da Prevenção do Afogamento foi assinalado na creche com a presença de um nadador-salvador e uma professora de natação

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

O primeiro dia da semana começou de forma diferente no Centro de Bem-Estar Infantil – Infantário da Falfosa, onde crianças de 2 e 3 anos foram incentivadas a estar alerta para os perigos no meio aquático e aprenderam como se devem comportar perto da água. 

Apesar da idade, todos mostraram saber já algumas das principais regras e foram respondendo com entusiasmo às perguntas do nadador-salvador que esteve na escola na manhã de segunda-feira, 25 de Julho, Dia Mundial da Prevenção do Afogamento.

Ainda longe da água, as crianças foram incentivadas a distinguir as bandeiras presentes na praia e o seu significado, a saber identificar um nadador-salvador, a saber pedir ajuda e a perceber que nunca se podem aproximar da água sem o acompanhamento de um adulto.

Na opinião de Manuela Custódio, diretora pedagógica do infantário e educadora de infância, é «muito importante» que as crianças tenham acesso a estas iniciativas desde muito cedo.

«Termos aqui um nadador-salvador e uma professora de natação, com formação desportiva, vai ser fundamental porque os nossos meninos são muito esponjas. Eles absorvem tudo e aquilo que lhes é dito eles levam muito a sério e transmitem também às famílias», disse a educadora.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Na opinião do nadador-salvador Bernardo Franco, o importante não é «mostrar que o meio aquático é um fator de medo»,  mas «explicar que podem acontecer acidentes e que, por isso, é preciso ter muito cuidado e nunca estar sozinho perto da água», explicou ao Sul Informação, referindo que foi isso que passou às crianças nesta atividade.

Em poucos minutos, já todos repetiam que «só se pode ir à água com os adultos», que «socorro» é aquilo que devem gritar sempre que estão em apuros e que «bandeira verde» é sinal de que a água é segura.

Joana Nobre, psicóloga no Infantário da Falfosa, frisou ainda as mais valias cognitivas destas atividades.

«Estas iniciativas são muito importantes para a autonomia deles, pois ajudam a que percebam o que podem e não podem fazer uma vez que qualquer descuido pode originar um afogamento. A nível cognitivo, o que acontece é que é mais fácil que estas atividades e estes alertas sejam deixados quando a criança ainda está em desenvolvimento, porque a absorção é também muito maior».

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Na opinião de Carolina Lopes, professora de natação no Ginásio Clube Naval de Faro, uma das melhores formas de prevenir afogamentos é ensinar as crianças a nadar «0 mais cedo possível».

«A natação é um dos desportos mais importantes, principalmente no Algarve, onde há muitas piscinas e a praia mesmo aqui ao lado. Quanto mais cedo começarem, melhor, antes de 1 ano até, porque é muito mais fácil: eles têm uma capacidade mais rápida de se adaptarem», afirmou.

Carolina Lopes considera ainda que «os pais estão alerta para isso» e «a maioria faz questão que os filhos aprendam a nadar», mas Joana Nobre realça que, com a pandemia, muitas destas atividades ficaram adiadas e agora é a altura de regressar.

«Estas crianças estão agora na fase de iniciação à natação, o que é ótimo. Temos meninos muito destemidos, que adoram ir para a água sem qualquer receio, e por isso estas iniciativas são muito importantes desde já», frisou também a educadora Manuela Custódio, realçando que, na escola, os cuidados com a piscina são assegurados com a vedação da zona e o constante acompanhamento por parte dos adultos.

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde, todos dos anos, mais de 200 pessoas morrem afogadas. Em Portugal, esta é a segunda causa de morte acidental em crianças e jovens.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

 



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