Companhia algarvia mostra em Lisboa que ainda é necessário falar da “boneca” Nora

Peça é protagonizada por José Mata e Madalena Almeida. 

Foto: Filipe Ferreira

Nora Helmer é uma mulher do final do século XIX que «apenas serve para cuidar da casa». Personagem principal desta história, é «tratada como se fosse uma boneca», resume João de Brito. Só que, com o passar do tempo, vai evoluindo, até se tornar numa espécie de «porta-estandarte da emancipação feminina». Mais de um século depois, falar dos «direitos das mulheres ainda é necessário» como vai mostrar o LAMA Teatro, a partir desta quinta-feira, 28 de Julho. 

Esta é uma produção da companhia algarvia, com sede em Faro, mas que, por agora, não vai ter qualquer exibição no Algarve.

Depois de, ano passado, ter estado no Teatro da Trindade (Lisboa), agora será a vez do Teatro Villaret, também na capital algarvia, acolher a peça “Uma Casa de Bonecas”, de 28 de Julho a 17 de Setembro.

Em conversa com o Sul Informação, João de Brito, diretor artístico do LAMA –  Laboratório de Artes e Media do Algarve, explica o que se pode esperar desta peça.

«É um texto do noruguês Henrik Ibsen que nos fala do casal Helmer e dessa personagem feminina que é a Nora. Ela é tratada como se fosse uma boneca, naquela ideia de apenas “servir” para cuidar da casa, dos filhos», enquadra.

Mas, ao longo dos três atos da peça, Nora «vai evoluindo» e «mostrando que lhe interessa também a felicidade e conhecer-se a si mesma».

“Uma Casa de Bonecas” é protagonizada por José Mata e Madalena Almeida. O elenco conta ainda com Diana Nicolau, Bruno Bernardo, Inês Ferreira da Silva e Luís Lobão.

Este era um texto que João de Brito queria trabalhar «há muito tempo». É que, apesar de «pensarmos que este poderia ser um tema ultrapassado», abordá-lo «ainda é preciso».

«Essa foi uma das razões para levar esta peça a cena que também é muito bem escrita», considerou João de Brito.

Apesar de não haver nenhuma exibição prevista para o Algarve, o LAMA está aberto a propostas. Até porque, disse, entre risos, João de Brito, «gosto dessa ideia de ser um porta-estandarte da região».

A venda de bilhetes «está a correr muito bem».

Quem quiser comprar ingressos, que custam 15 euros, pode fazê-lo aqui. 

 

 



Comentários

pub