Tirar o campismo na zona florestal, com a mudança das tendas para uma «área urbana adjacente» ao recinto da Concentração Motard de Faro. Esta foi a solução encontrada para que o evento, que arranca esta quinta-feira, 14 de Julho, não seja cancelado. A autarquia ainda está em «negociações» com o proprietário desses terrenos, mas está confiante de que chegarão a bom porto.
Motoclube, Câmara, Governo (de forma remota), Proteção Civil e forças de segurança estiveram reunidas esta terça-feira, 12 de Julho, para discutir o eventual cancelamento da Concentração Motard devido à situação de contingência imposta pelo perigo de incêndio.
Em declarações aos jornalistas no final, Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, explicou que se chegou a uma solução «que, não sendo das melhores», até porque considera que esta é uma situação de «perigosidade mínima», permite continuar com o evento.
Trata-se de transferir os 14 hectares do recinto, que se situam em área de mata de pinheiros, para uma outra «zona urbana adjacente».
As restantes infraestruturas, que já estão a ser montadas, tal como o Sul Informação comprovou no local, mantêm-se no mesmo local: o palco, a zona de receção e também de restauração, porque estão numa «área que já não é florestal».

Na questão de segurança, «está tudo implementado», com um corpo privativo de bombeiros do Motoclube (60 elementos) sempre no local, cinco camiões-cisterna, mangueiras e bombas, um posto de vigia e uma rede de energia alternativa à pública.
Com esta solução, Rogério Bacalhau considerou que o despacho do Governo, que proíbe eventos em área de floresta devido ao perigo de incêndio, «fica cumprido e a realização da concentração não se põe em causa».
A Câmara de Faro está «em negociações» com o proprietário dos terrenos para onde o campismo se há-de mudar, mas Rogério Bacalhau mostrou-se confiante num desfecho positivo.
«Vai correr bem, sem sombra de dúvidas: estamos todos focados nisso. Todos os motociclistas podem vir que vão ser acolhidos», garantiu o autarca farense.
Apesar de já haver milhares de motociclistas acampados, o presidente da Câmara explicou que lhes será explicada esta solução.

«Os motociclistas são pessoas muito livres, mas também muito compreensivas e por isso vão certamente acatar essa situação», disse.
No final desta reunião, José Amaro, presidente do Motoclube de Faro, também pediu a «colaboração de todos os motociclistas para cumprirem as regras».
Em relação ao processo de negociação com o dono dos terrenos, este responsável disse esperar que cheguem a bom porto. «Temos de ser otimistas», disse.
E se falhar esse acordo? «Restam poucas alternativas», admitiu.
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