O Bloco de Partos do hospital de Portimão voltou a fechar às 9h00 desta quinta-feira, dia 21, e vai manter-se encerrado até às 9h00 de segunda-feira, 25 de Julho, informou o Centro Hsopitalar Universitário do Algarve (CHUA).
A razão para este novo encerramento é «a já conhecida carência de médicos Pediatras para assegurar as escalas de Urgência, nomeadamente Bloco de Partos e Urgência Pediátrica», explica o CHUA, em resposta a um pedido de esclarecimento feito pelo Sul Informação.
Assim, as parturientes do Barlavento Algarvio deverão dirigir-se para o hospital de Faro, já que, segundo o CHUA, foi «reorganizada uma resposta assistencial coordenada entre as suas duas unidades hospitalares, garantindo assim a segurança dos serviços prestados a nível regional».
«Durante o período acima mencionado, a resposta assistencial regional do CHUA às grávidas com mais de 22 semanas de gestação é garantida na Unidade Hospitalar de Faro pela equipa de especialistas de Faro, a qual será reforçada com médicos da Unidade Hospitalar de Portimão».
A Urgência de Ginecologia e a Urgência de Obstetrícia para grávidas até às 22 semanas de gestação continua, porém, «a funcionar normalmente nas duas unidades, Portimão e Faro».
Quanto à Urgência de Pediatria, «será assegurada com médicos pediatras, na Unidade de Faro, e Clínicos Gerais com vasta experiência em Pediatria, na Unidade de Portimão».
O CHUA garante ainda que «todas as situações que clinicamente exijam uma avaliação por Pediatra serão devidamente encaminhadas».
O PSD algarvio, a duas vozes e em comunicados separados, já veio contestar mais este encerramento.
Cristóvão Norte, presidente da Distrital dos social-democratas do Algarve, sublinhou que «nos últimos trinta dias, em treze deles não houve maternidade em Portimão. Não é, por isso, um problema de férias ou de feriados, é sim um problema que estava dissimulado, mantendo-se este modelo de urgências iô-iô, ora abertas, ora fechadas, que colocam em risco a saúde de grávidas e bebés».
Cristóvão Norte recordou que o Governo já assumiu que vai reestruturar a rede, pelo que «o governo pode estar a preparar-se para fechar a maternidade [de Portimão], o que não é solução».
Reiterou ainda que, «quando a maternidade está encerrada, tem que haver um aviso público, de modo a que as grávidas lá não se dirijam, perdendo tempo imprescindível num momento tão importante das suas vidas».
Por seu lado, os deputados algarvios do PSD Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos sublinharam que «não é tolerável continuarmos a viver de encerramentos constantes que colocam em causa o bem-estar e a segurança da população», criticando «a falta crónica de clínicos que a região do Algarve enfrenta».
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