Susana Travassos apresenta «O meu pai é um pássaro»

Susana Travassos apresenta temas do seu último disco, gravado em Buenos Aires, e presta uma homenagem a Fernando Reis, seu pai

A cantora Susana Travassos apresenta-se ao vivo, no próximo dia 18 de Junho, sábado, às 21h30, no Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António.

Neste concerto, Susana Travassos apresenta temas do seu último disco, gravado em Buenos Aires, um projeto que já passou pela Coreia do Sul, Espanha, Argentina e Uruguai, onde propõe uma viagem às suas raízes algarvias e presta uma homenagem a Fernando Reis, seu pai, cantando temas que permearam a vida e o amor entre pai e filha.

E quem melhor do que uma filha para contribuir para perpetuar essa esperança, essa sombra benigna que inspirou e inspira o seu canto e a sua arte? E não é por acaso que o nome do seu último CD se chama «Pássaro Palavra», tal pai, tal filha, acreditando na força da palavra e da liberdade.

Os bilhetes estão à venda no Centro Cultural António Aleixo, nos dias úteis, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (no dia do espetáculo a partir das 19h00) e na bilheteira online www.bol.pt.

 

“Fernando Reis, que acaba de nos deixar, foi um romântico. A forma como segurou este jornal, acreditando que a força das palavras contribuía para a inteligência viva, para o benefício da notícia justa e a independência do pensamento, fez dele uma personalidade marcante. Foi diligente numa região de indolência, foi pronto numa sociedade de adiamento, foi atento e prático, no meio de uma cultura de inércia. Para quem acredita na capacidade de resistência num meio hostil à comunicação social, Fernando Reis foi um exemplo de crença no jornalismo de proximidade.

Quanto o Algarve lhe deve? Quanto devemos a Fernando Reis? Não podemos dizer quanto porque o seu legado não pode ser avaliado em números. Sabemos sim, que adaptou o Jornal do Algarve aos desafios que se levantaram à imprensa regional na passagem do milénio, e que soube resistir à grande vassoura digital, que leva para o mesmo local do evanescente, quer o bom quer o mau. A chegada, semanalmente, à nossa mesa, do jornal do Fernando Reis, envolto numa cinta de papel usado, aproveitado dos restos, comovia. E comoverá. É preciso ser esperançoso. A sombra benigna de Fernando Reis inspirará quem se lhe segue. Todos desapareceremos mas o sulco que fazemos na terra onde vivemos será mais forte do que a nossa fotografia. Fixem a fotografia de Fernando Reis, a sua causa tem muito para contar”.

Lídia Jorge

 



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