PSD acusa PS de «silêncio cúmplice» face à «degradação do SNS no Algarve»

«A demagogia de 2014 do PS, face ao seu silêncio em 2022, é uma ofensa a todos os portimonenses, algarvios e sobretudo aos profissionais de saúde»

Fotografia do protesto contra o alegado fecho da Maternidade de Portimão, em 2014

O PSD Algarve acusa o PS de «silêncio cúmplice» perante a «degradação do SNS no Algarve» e recorda uma manifestação, em 2014, com a participação de altos responsáveis políticos socialistas, «contra um alegado encerramento da maternidade de Portimão – nunca previsto ou decidido pelo Governo à época».

Fazendo o paralelo com a situação atual, quando a falta de especialistas levou a fechar a Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do hospital de Portimão entre as 21h00 de dia 14, e as 9h00 de hoje, dia 20, os social-democratas algarvios recordam que, «em 2014, em redor da Unidade de Portimão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, altos dirigentes regionais do PS deram as mãos, unindo forças para protestar contra um alegado encerramento da maternidade de Portimão – nunca previsto ou decidido pelo Governo à época -, numa fervorosa manifestação contra aqueles que diziam estar apostados na destruição do SNS».

O PSD/Algarve, que envia duas fotografias publicadas nas redes sociais, em 2014, salienta que, nessa imagem, estão «Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, a qual intentou uma providência cautelar para impedir o fecho da maternidade que não estava previsto fechar, Vítor Aleixo, que despachou à época à porta do Centro de Saúde de Loulé em protesto organizado com o seu homólogo de S. Brás de Alportel, Paulo Neves, vereador à época e atual membro do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e muitos outros».

 

«Todos têm duas características em comum: eram e são militantes do PS e perante o caos atual nada dizem, nada protestam, nada fazem. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades», reforçam os social-democratas algarvios, em nota assinada por Cristóvão Norte, presidente da Distrital.

O PSD garante que «à época, em 2014, havia menos constrangimentos com a Maternidade de Portimão do que hoje».

«E quando os havia, a intenção era que as grávidas mais longínquas viessem antecipadamente para um apartamento em Faro e depois, com maior serenidade, realizarem os seus partos. Não era a solução ideal, mas era um plano de contingência para as raras ocasiões em que a maternidade não cumpria os requisitos para receber as grávidas», acrescentam.

«E hoje? O que se passa? Cria-se muitas vezes a ilusão que existe maternidade quando não existe, como nas Caldas da Rainha. Isso coloca as grávidas em risco e não há planos de contingência. É enviar para Faro ou para Lisboa, o que leva a episódios como onde segunda feira em que uma grávida teve o bebé no carro!»

Segundo Cristóvão Norte «o que se pede é coerência. O problema é sério e estrutural. Não se resolve com anúncios gongóricos, mas tem que ser enfrentado. E todos fazem falta para que seja resolvido, quem é do PS também, e em particular agora com a especial responsabilidade de governação, mas isso näo pode fazer esquecer as pesadas responsabilidades do PS e o silêncio ensurdecedor destes e doutros responsáveis».

Carlos Gouveia Martins, presidente do PSD Portimão, acrescenta que «a Saúde tem de deixar de ser um instrumento partidário. Há que respeitar um setor que é de todos, não é de direita nem de esquerda porque trata todos por igual».

«A demagogia de 2014 do PS, face ao seu silêncio em 2022, é uma ofensa a todos os portimonenses, algarvios e sobretudo aos profissionais de saúde que, por acaso, grande parte, até são os mesmos e não se esquecem da falta de respeito que alguns políticos tiveram pelo seu trabalho e dificuldades estruturais do setor diariamente», conclui o líder dos social-democratas de Portimão.

 

 



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