PCP: Fecho da Urgência de Obstetrícia é «cedência aos interesses dos grupos privados de saúde»

«As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida são postos em causa»

O fecho da Urgência de Ginecologia e Obstetrícia no hospital de Portimão é «o resultado da cedência aos interesses dos grupos privados de saúde», defende a Direção da Organização Regional do Algarve do Partido Comunista Português.

O PCP recorda, em comunicado, o encerramento daquela Urgência, que começou ontem às 21 horas e se mantém até às 9h00 da próxima segunda-feira, dia 20, salientando que o próprio Conselho de Administração do CHUA disse que este fecho se deve “à dificuldade em assegurar escalas na maternidade e no bloco de partos de Portimão”.

Esta situação, que se junta aos encerramentos que têm ocorrido na urgência pediátrica do hospital de Faro, «revela não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no SNS – como o PCP tem proposto, designadamente durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022 – mas também, uma política que de forma indireta contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS», consideram os comunistas.

«Ao contrário do que diz o Ministério da Saúde, o recurso em situações de urgência pediátrica apenas em Portimão, ou de urgência de ginecologia e obstetrícia apenas em Faro, não são solução», acrescenta o PCP/Algarve.

«As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida são postos em causa», frisa.

O PCP relembra que, «infelizmente, a falta de profissionais de saúde em todo o Algarve – desde os cuidados primários, passando pelos hospitais, aos cuidados continuados – é uma realidade que, pese embora as muitas promessas, não tem tido resposta».

Para os comunistas, esta «ausência é inseparável das opções de PS, PSD, CDS, Chega e IL de favorecimento dos grupos privados de saúde».

Em comunicado, a Doral do PCP exige que «se tomem medidas urgentes com vista a garantir a atração e fixação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, investindo nas suas carreiras e remunerações e combatendo o assalto que os Hospitais e Clínicas privadas estão a fazer aos profissionais do SNS».

Trata-se de «medidas urgentes que só não estão implementadas porque o Governo PS assim o tem recusado», concluem os comunistas.

 

 



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