Faro já tem uma rede de bicicletas partilhadas para promover a mobilidade sustentável e o uso deste meio de transporte. Espalhadas pela cidade e pelo Montenegro e Gambelas, há 75 bicicletas (15 elétricas e 60 convencionadas) prontas a ser usadas.
O lançamento público desta rede de bicicletas aconteceu ao início da tarde desta quarta-feira, 1 de Junho, junto à Arco da Vila, em Faro: um dos locais está instalada uma das áreas de estacionamento criadas.
Quem quiser usar as bicicletas, tem de descarregar a aplicação da empresa Mobismart, disponível na App Store ou Google Play Store.
O desbloqueio custa 99 cêntimos, a que se soma depois a utilização. Se for uma bicicleta elétrica, os residentes em Faro pagam 1,30 euros por 30 minutos e os visitantes 2 euros/30 minutos.
Já se for uma bicicleta convencional, os farenses pagam 30 cêntimos (30 minutos) e os visitantes 45 cêntimos, pelo mesmo período de tempo.
Quem quiser, também pode comprar um bilhete mensal, com usos ilimitados por 30 dias, por 14,99 euros, ou um bilhete diário por 6,99.
O pagamento pode ser feito por “PayPal”, débito direto ou cartão de crédito.
Uma das particularidades deste projeto é que, se as bicicletas não forem estacionadas dentro da rede de “hotspots” criada, o utilizador continuará a pagar.
O objetivo passa por evitar que as bicicletas fiquem dispersas pela cidade – tal como acontece com as trotinetes.
Para Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, este projeto vem na senda da aposta na mobilidade sustentável que tem sido feita, nomeadamente com a criação de ciclovias.
«Fizemos algum investimento em ciclovias, na Praia de Faro, na Avenida Calouste Gulbenkian, na Estrada do Moinho da Palmeira, mas é preciso perceber que dentro da cidade é difícil porque as ruas são estreitas», disse o autarca aos jornalistas.
«Vamos ter de coabitar com o movimento de carros na cidade. Por isso é que estamos a fazer zonas 20 e 30 de forma a que a mobilidade de carros seja lenta», acrescentou.
Na opinião do autarca, os farenses têm hoje «mais vontade de andar de bicicleta».
«Há oito anos havia pouca gente: hoje, basta ir à Praia de Faro e vemos muita gente a andar de bicicleta, sente-se isso de algum tempo a esta parte e acho que este investimento pode fomentar a utilização deste tipo de mobilidade», considerou.
O projeto piloto decorrerá durante ano e meio, custando cerca de 200 mil euros. Após esses 18 meses, a autarquia vai avaliar como decorreu a experiência.
«Queremos avaliar a adesão para depois fazermos um novo concurso», concluiu.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
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