Ana Varges Gomes (CHUA) garante que radioterapia vai ficar no Algarve

Questionada pelos jornalistas sobre se a clínica de Sevilha tinha desistido do processo, Ana Varges Gomes não desmentiu

Lacerda Sales, Paulo Morgado e Ana Varges Gomes – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

A «decisão está tomada» e os serviços de radioterapia «vão ficar no Algarve». A garantia foi deixada esta quinta-feira, 9 de Junho, pela presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). 

A polémica sobre a transferência da radioterapia para uma clínica de Sevilha fez correr muita tinta nos últimos dias.

O PSD acusou o CHUA de ter adjudicado o serviço a uma clínica espanhola, facto que a administração dos hospitais algarvios negou desde início, alegando ainda não haver uma decisão final.

Hoje, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita do secretário de Estado da Saúde ao Hospital de Faro, Ana Varges Gomes anunciou que essa mesma decisão foi tomada esta quinta-feira de manhã.

«Os doentes vão fazer radioterapia no Algarve. O processo só foi hoje despachado – os concursos públicos têm documentação confidencial que só nos chega no final do concurso», justificou a presidente do CA do CHUA.

Questionada pelos jornalistas sobre se a clínica de Sevilha tinha desistido do processo, Ana Varges Gomes não respondeu.

«Foi um procedimento claro», defendeu. «Não houve problema nenhum: são 4,5 milhões em jogo, o que obriga a um concurso internacional e foi isso que fizemos», acrescentou.

Segundo Ana Varges Gomes, os doentes «seriam sempre tratados no sítio onde tivessem melhor segurança, melhor conforto e melhor tratamento possível é por isso que nos batemos por um Centro Oncológico do Sul».

A presidente do Conselho de Administração não poupou nas críticas ao «aproveitamento político» que este caso motivou – com o PSD à cabeça.

«Se há um concurso a decorrer, se ainda não terminou, se só ao Conselho de Administração cabe a competência de adjudicar…», disse.

De resto, foi o próprio PSD, pouco tempo antes das declarações de Ana Varges Gomes, quem enviou um comunicado às redações a dar conta de que o operador espanhol tinha desistido do processo, facto que a presidente do CA do CHUA não confirmou – nem negou.

Também Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, criticou quem fez política numa «matéria demasiado séria».

«Não fazemos política com este assunto – muito menos política de redes sociais», concluiu.

 

 



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