Algarve vai ter dois Polos de Inovação para promover a Dieta Mediterrânica

Dois polos representam investimento total de cerca de 2 milhões de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência

Depois de Tavira, Faro também vai ter um Polo de Inovação da Dieta Mediterrânica. Os contratos de financiamento para a criação de ambas as infraestruturas foram assinados esta terça-feira, 31 de Maio, com a ministra Maria do Céu Antunes a defender que é a partir do Algarve que se quer aumentar a adesão de todos os portugueses à Dieta Mediterrânica.

A governante visitou na manhã de hoje a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPAlg), no Patacão, arredores de Faro, o espaço onde será implementando mais um Polo de Inovação.

A criação de uma infraestrutura deste género, em Tavira, no antigo Posto Agrário, já era conhecida, mas a novidade é a criação de um Polo também em Faro.

Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, explicou que, em Tavira, o espaço será ainda «mais dedicado à Dieta Mediterrânica».

Já no Polo de Faro, a ideia é potenciar mais a «agricultura biológica, sustentável e citrinos».

 

Pedro Valadas Monteiro – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Certo é que ambas as infraestruturas surgem com um grande objetivo: promover a Dieta Mediterrânica, através da investigação, capacitação e divulgação.

O trabalho, de resto, já começou: a criação de duas conservas de carapau e cavala, em parceria com a Saboreal e a Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA, é o primeiro exemplo, mas mais se seguirão.

É que, entre as atividades previstas, inclui-se também uma exposição e um livro sobre o Centro de Experimentação Agrária de Tavira e ainda um concurso de ideias para a criação dos logotipos dos dois Polos de Inovação.

Na parte mais agrícola, em ambas as infraestruturas, vão ser constituídos campos de pés-mães, das espécies em que se tem verificado maior procura de instalação de pomares de produção comercial, como alfarrobeira, figueira, amendoeira e citrinos, tendo por base as coleções de germoplasma regional existente.

Os campos de pés de alfarrobeira, figueira e amendoeira serão instalados em Tavira; os de citrinos serão mantidos em Faro.

Também em Tavira, haverá a plantação de pitaias, uma coleção de clones da casta Negra Mole e manutenção e caracterização de coleções de fruteiras existentes, como o pêro de Monchique.

Já em Faro, estão previstos ensaios de culturas hortícolas em alimentação biológica e de abacateiros.

 

Maria do Céu Antunes – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Em declarações aos jornalistas, Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura e da Alimentação, explicou que o objetivo destes polos passa por «aumentar a adesão à Dieta Mediterrânica».

«Todo o trabalho aqui desenvolvido será sobre isso mesmo. Se, por um lado, precisamos de conhecer o passado, a história do que foi aqui construído, destas coleções fantásticas, também temos de saber responder as desafios da atualidade», acrescentou.

A governante defendeu que os dois polos «têm uma importância regional, mas também nacional».

Isto porque surgem para «promover a Dieta Mediterrânica e a alimentação sustentável e é a partir do Algarve que queremos incentivar os portugueses a aderir a este tipo de alimentação», disse.

Há, inclusive, uma meta estabelecida: «queremos chegar ao fim este ciclo de investimentos com, pelo menos, mais 20% dos cidadãos a aderir a esta dieta», definiu Maria do Céu Antunes.

«O Algarve tem um potencial imenso, mas temos de saber tirar partido disso mesmo até porque temos problema estrutural que é a falta de água», concluiu.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 



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