Quarteira: Mercado Municipal e reabilitação do antigo casino avançam a «curto prazo»

Garantiu Vítor Aleixo

O Mercado Municipal de Quarteira e a reabilitação do edifício do antigo casino da cidade vão avançar «a muito curto prazo», anunciou Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, nas comemorações do Dia da Cidade de Quarteira.

Durante a sessão comemorativa dos 23 anos de elevação a cidade, no Centro Autárquico de Quarteira, o edil louletano assegurou que «a muito curto prazo» irão arrancar as obras de construção do Mercado Municipal e a requalificação do Casino “velho”, para o transformar num espaço polivalente, destinado sobretudo a atividades culturais e recreativas.

«Numa terra ligada desde sempre à pesca, um novo mercado tem constituído, ao longo dos anos, uma das maiores reivindicações dos quarteirenses. E o edifício que se projeta agora é ambicioso do ponto de vista funcional e arquitetónico e pretende ser um ponto de atração turística», descreve a Câmara de Loulé.

Uma área com módulos de peixe, carne e legumes, uma praça de restauração, uma zona aberta de coworking, lojas de pequeno comércio e também um parque de estacionamento público que irá servir a zona poente de Quarteira são os principais espaços que integram a obra do futuro Mercado.

Mas Vítor Aleixo sublinhou que esta será sobretudo «uma obra de grande beleza estética».

 

 

Enquadrado na 3ª fase do Passeio das Dunas, o projeto do futuro Mercado «será uma das primeiras obras públicas em frente de mar em Portugal adaptada às alterações do clima».

A Autarquia mandou elaborar um estudo sobre o avanço do nível da água do mar nas próximas décadas e, neste âmbito, o projeto inicial do Mercado de Quarteira sofreu algumas alterações «o que atrasou o processo em quase 2 anos».

Segue-se agora a abertura de um concurso público internacional, dado tratar-se de um investimento avultado. Como sublinhou Vítor Aleixo, «vai ser uma obra cara», orçada em cerca de 17 milhões de euros, mas que «vai lançar Quarteira para um patamar muito alto», até porque «será muito mais do que um mercado».

Telmo Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, disse por seu lado que mais do que um mercado este será «um edifício multiusos e uma obra emblemática. Duvido que exista uma arquitetura no sul do país daquela dimensão. Depois vai ter uma série de serviços que trarão seguramente muito mais dinâmica ao espaço», referiu.

Já em relação ao investimento realizado no antigo Casino, localizado na zona histórica da cidade, ascende a 2 milhões de euros  e vai criar «um espaço comunitário e polivalente que permitirá resgatar um símbolo identitário desta terra^», explicou a Câmara.

Entre outros, estão previstos espaços para ateliers e oficinas, uma sala polivalente destinada ao espaço de coworking, um complemento que permitirá apoiar as gerações mais novas, criando condições de trabalho comunitário, bem como o estúdio de captação e gravação.

«O imaginário do antigo salão de baile será recriado numa sala que terá capacidade para 350 lugares de pé e 200 sentados, podendo acolher diferentes atividades artísticas e culturais, em especial teatro, dança, bailes, exposições, etc.», acrescentou a autarquia.

 

 

Telmo Pinto acredita que este espaço será importante para o «trabalho direto com as associações, com as instituições, com os privados que gostam de cultura porque vão ter capacidade de, num espaço que é gerido pela Câmara, poderem ter várias atividades. É um equipamento cultural próximo da população».

«As pessoas de Quarteira vão gostar muito!», garantiu, por seu lado, Vítor Aleixo.

Apesar de estar já concluído o projeto técnico e de arquitetura para o CECQ – Centro de Educação e Cultura de Quarteira, para além do terreno onde se irá localizar o equipamento, o presidente da autarquia adiantou que, por enquanto a obra, não irá avançar.

«Os preços subiram muito e o dinheiro não dá para tudo. Mas sentir-me-ia um autarca muito feliz se conseguisse no último ano do meu mandato abrir o concurso público para aquela obra», ressalvou, adiantando ainda que a guerra no leste europeu teve também impacto ao nível do custo inicialmente estimado para a realização de obras públicas.

Vítor Aleixo aproveitou a ocasião para falar do desenvolvimento de Quarteira, «que se acentuou desde que este ciclo político de governação começou», lembrando as obras que aqui têm sido realizadas.

 

 

«O autarca destacou ainda os projetos de habitação e, na área da saúde, anunciou a nova USF – Unidade de Saúde Familiar de Quarteira “Estrela do Mar”, em fase de instalação. De momento irá funcionar em contentores junto à extensão do Centro de Saúde, prevendo-se que venha instalar-se posteriormente num outro espaço da cidade. Em marcha está também o projeto para a ampliação do edifício do Centro de Saúde», acrescentou a Câmara de Loulé.

«Chegámos a um patamar em que temos que ter a noção do equilíbrio. Se não colocarmos na equação a sustentabilidade ambiental e social, tudo isto que é hoje muito bonito e esperançoso pode, dentro de 10, 20 anos, revelar-se uma má experiência com frutos amargos. Temos que olhar para os espaços verdes, para a biodiversidade, para o cuidado que teremos de ter com a liberdade das pessoas e isso significa equilíbrio no espaço público urbano», concluiu Vítor Aleixo.

No programa comemorativo decorreu ainda uma visita aos novos espaços socioculturais e de partilha de conhecimentos da cidade e, no encerramento, a conferência “Os primeiros povoadores do território de Quarteira”, por Rui Parreira, no âmbito da Exposição “Com os Pés na Terra e as Mãos no Mar – 6000 anos de História de Quarteira”. No sábado, dia 14, o auditório do Centro Autárquico recebe a apresentação do livro “As Minhas e Outras Memórias de Quarteira”, de César Correia.

 

 



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