Parceiros da “Circularidade da Água: de Todos e para Todos” visitaram Loulé

Visita técnica passou pelo Jardim das Comunidades e pela Infraquinta

A rede CAPT 2 – Circularidade da Água: de Todos e para Todos realizou uma visita técnica ao concelho de Loulé, tendo passado pelo Jardim das Comunidades, em Almancil, e pela Infraquinta.

Loulé recebeu os parceiros Águeda, Mértola, Oeiras, Oliveira de Frades, Ponte de Sor e Guimarães, por via do Laboratório da Paisagem.

«Estamos aqui com um propósito comum: cuidarmos do maior bem natural que temos que é a água. Todos nós sabemos das dificuldades ligadas aos consumos de água. Cada um, nas suas especificidades, tem problemas e constrangimentos diferentes mas essa é a riqueza destas parcerias, o podermos trocar experiências e perceber que medidas é que nuns locais estão a ser implementadas mas noutros não fariam sentido e vice- versa», disse o vereador Carlos Carmo na sessão de boas-vindas.

Após uma manhã marcada pela discussão sobre as matérias mais técnicas do projeto e o ponto de situação em cada um dos territórios da rede, à tarde os parceiros partiram para o terreno para ver de perto dois exemplos das boas práticas neste território.

No Jardim das Comunidades, em Almancil, foram recebidos por Manuela Moreira da Silva, docente e investigadora da Universidade do Algarve, que tem estado à frente de um projeto que pretende tornar este espaço público verde numa referência nacional em termos de sustentabilidade dos recursos naturais.

«Este jardim vai estar cada vez mais preparado para responder às necessidades das pessoas. E para isso temos que incorporar no seu funcionamento o conhecimento científico e usarmos a tecnologia que temos disponível. Para isso temos que garantir que vamos gerir este espaço recorrendo à menor quantidade possível de água, à menor quantidade possível de energia e potenciando ao máximo a sua capacidade para sequestrar o carbono e os poluentes atmosféricos», frisou.

Já na Quinta do Lago, a comitiva foi recebida por Pedro Pimpão, presidente do Conselho de Administração da empresa municipal Infraquinta, entidade que, segundo a Câmara Municipal de Loulé, tem sido responsável por um conjunto de boas práticas valorizadas e reconhecidas em Portugal em termos de eficiência hídrica e reutilização da água.

«A reutilização da água é, para nós, uma das principais áreas de intervenção. Temos um investimento fortíssimo para passar de 30% de rega de espaços verdes através da reutilização de água para 81%. Em relação à qualidade da água,  tivemos, pelo sexto ano consecutivo, uma distinção por parte da ERSAR, entidade gestora no combate às perdas de água, atingindo um valor recorde abaixo dos 3%», disse.

No final da visita, a coordenadora local do projeto, Lídia Terra, fez um balanço positivo deste encontro e da apreciação por parte dos parceiros.

«Todos me disseram que estavam muito agradados com o que viram! Mas para nós também tem sido um ganho imenso participar neste tipo de projetos uma vez que enaltece o nosso trabalho e aprendemos muito com a experiência dos outros municípios», referiu.

Numa altura em que Loulé já viu aprovado o Plano Municipal de Ação Climática, esta responsável acredita que será mais fácil a criação de um Plano Local de Ação Integrada na rede CAPT 2 .

«Loulé tem um trabalho bem alinhado estrategicamente. Neste momento já tem ações em curso e tem metas definidas para aquilo que quer no futuro e aí pode estar a diferença. Este processo de trabalhar em rede acaba por ser uma validação junto de outros parceiros de matéria e projetos em que já nos encontramos a trabalhar, robustecendo e aprofundando os mesmos», acrescentou.

 

 



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