MED vai «abraçar ainda mais» Loulé com novos espaços

Cartaz final foi apresentado ontem, no Cineteatro Louletano

MED rima com Centro Histórico, mas a edição deste ano «abraçará ainda mais» Loulé. O emblemático festival regressa de 30 de Junho a 3 de Julho e vai-se expandir para novos locais, como o Cineteatro Louletano, a renovada sede da Casa da Cultura, na rua das Lojas, ou a Igreja de São Francisco. Porque mais do que um festival de música, ir ao MED «é uma experiência». 

A 18ª edição do certame foi apresentada oficialmente este domingo, 29 de Maio, ao final da tarde, no Cineteatro Louletano.

A música, como referiu Carlos Carmo, vereador e diretor do Festival, continuará a estar «no topo da pirâmide de importância» do MED.

Mas, este ano, houve uma maior preocupação também com outras vertentes, como «o cinema, a literatura, as conferências, o teatro e a gastronomia».

É que estes dois anos de interregno, devido à Covid-19, deram, confessou Carlos Carmo ao Sul Informação, «para pensar nalguns conceitos e melhorá-los».

 

 

Assim, a edição deste ano do MED contará com um reforço na área do cinema, com a exibição de filmes como “Todo o Cinema do Mundo” (30 Junho, às 19h15) ou “Surdina” (3 de Julho, às 22h30).

Uma das particularidades é que, das quatro películas que serão exibidas, quase todas serão musicadas ao vivo, por nomes como Tó Trips, ex-membro dos Dead Combo.

Outra das novidades deste ano é a inclusão da Casa do Meio Dia, da editora Sul, Sol e Sal, no roteiro do MED. É mais um dos espaços fora do Centro Histórico que participará no certame, neste caso recebendo a conferência “Sustentabilidade Ambiental nos festivais de música”, no dia 3, às 18h30.

Quanto aos concertos de música clássica – já uma tradição no MED -, terão como palco, nesta edição, a Igreja de São Francisco.

A inclusão do Cineteatro Louletano é uma das grandes inovações do MED deste ano. O espaço, na Avenida José da Costa Mealha, servirá de palco a um concerto de abertura do Festival, no dia 29 de Junho, às 21h00, a cargo de Lina_Raul Refree.

Também será no Cineteatro que acontecerá um dos momentos altos desta edição: a exibição da peça de teatro “Chovem amores na Rua do Matador”, escrita por Mia Couto e José Eduardo Agualusa. Será no dia 2 de Julho, às 17h00.

No logradouro dos recentemente inaugurados Banhos Islâmicos, haverá também um palco (à semelhança do que já aconteceu noutros anos), com o objetivo de também convidar a visitar o espaço.

Em relação ao cartaz musical, que já tinha tido uma primeira apresentação em Abril, contará com nomes como Maro, vencedora do Festival da Canção, a brasileira Mallu Magalhães, Nancy Vieira (Cabo Verde) ou o jamaicano Anthony B, ligado ao reggae.

A estes juntam-se ainda Aline Frazão (Angola), O Gajo, os algarvios Plasticine e o louletano Sylva Drums. A distribuição pelos palcos ainda não está definida.

 

Após a apresentação, houve um concerto com a brasileira Bia Ferreira, a primeira confirmação para a edição de 2023 do MED

 

Diferente de um festival de música mais comercial, fazer o cartaz do MED é «sempre um desafio», segundo Carlos Carmo.

«Este não é um festival convencional, mas isso também é o que nos torna diferentes», acrescentou o diretor, ao Sul Informação. 

No total, haverá 90 horas de música, 66 concertos, mais de 300 músicos, de 23 nacionalidades, e 12 palcos.

Depois de dois anos de interregno, a expetativa é que «haja uma grande afluência» ao MED.

«Não queremos definir recordes, mas aquilo que é a pré-venda, aliada à vontade das pessoas de conviver, faz com que haja boas perspetivas», concluiu Carlos Carmo.

De resto, a pré-venda decorre até 23 de Junho, com o bilhete diário a custar 10 euros, valor que sobe para 15 euros, após essa data.

Há ainda a possibilidade de comprar um bilhete família diário (2 adultos e 2 jovens até aos 16 anos) a 35 euros, até dia 23 do próximo mês. Depois, passa a ser 40 euros.

Por fim, o passe que dá a acesso a todos os dias custa 30 euros em período de pré-venda e 40 euros depois.

Quem quiser comprar bilhetes, pode fazê-lo aqui.

 

Nomes dos principais palcos:

Shkoon Live (SY/DE)

Eskorzo (ESP)

Re-imaginar Banda Monte Cara (PT/CB)

Go_A (UA)

Gyedu-Blay & his Sekondi Band (GN)

Plasticine (PT)

Jupiter & Okwess (CD)

Noura Mint Seymali (MR)

Criatura (PT)

Nancy Vieira (CV)

Noiserv (PT)

Ghetto Kumbé (CO)

Anthony B (JM)

Mallu Magalhães (BR)

Batida apresenta Ikoqwe (PT)

Eletric Jalaba (MA/UK)

Johnny Hooker (BR)

Bombino (NE)

N3rdistan (FR/MA)

Albaluna (PT)

Viviane (PT)

Expresso Transatlântico (PT)

Chico Trujillo (CL)

Ayo (DE/NG)

Manou Gallo (CI)

Oum Trio Mouthallat (MA)

Maro (PT)

Scúru Fitchádu (PT/CV)

Rodrigo Cuevas (ES)

Victor Zamora & Sextetto Cuba (PT/CU)

Aline Frazão (AO)

O Gajo (PT)

Sylva Drums (PT)

 

 



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