Investigadores do Algarve estudam o caranguejo azul no Guadiana e todos podem ajudar

Quem capturar um caranguejo marcado, deverá devolvê-lo à água

Se capturar um caranguejo azul na zona do estuário do Guadiana e verificar tem uma chapa e um transmissor, devolva-o à água. O apelo é feito pelos investigadores da Universidade do Algarve e do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) responsáveis por um estudo inovador na Europa, que recorre a pequenos transmissores para saber mais sobre esta espécie.

O caranguejo azul é uma espécie invasora, proveniente das costas do Atlântico Oeste, que surgiu pela primeira vez no Algarve em 2016.

A equipa que está a fazer este estudo «já desenvolveu vários trabalhos sobre o caranguejo azul e está agora a proceder a uma campanha de marcação no estuário do Guadiana para estudar as suas migrações sazonais», segundo a UAlg.

Este estudo, que tem o apoio financeiro do projeto transfronteiriço ATLAZUL (www.atlazul.eu), pretende utilizar a telemetria acústica para estabelecer medidas de gestão desta espécie invasora.

 

 

Os trabalhos iniciaram-se com a instalação de dois recetores acústicos na zona do médio estuário do Guadiana, no início de Maio, seguindo-se agora a campanha de marcação.

«Cada caranguejo é equipado com um pequeno transmissor que será detetado pelos vários recetores instalados ao longo do estuário do Guadiana e da costa algarvia», acrescenta a Universidade.

O caranguejo azul, tal como qualquer outro caranguejo, «muda periodicamente de carapaça para permitir o seu crescimento, pelo que a fixação destes equipamentos de pequena dimensão não afeta o bem-estar de cada indivíduo».

«A informação recolhida permitirá saber onde vivem estes caranguejos e durante quanto tempo vivem em cada habitat para, assim, se proporem medidas de gestão mais eficazes para o controlo desta espécie invasora», referiu a UAlg.

Embora a recaptura destes caranguejos por pescadores amadores ou profissionais seja pouco provável, «solicita-se que a equipa deste projeto seja contactada pelo número de telefone inscrito na etiqueta acoplada ao caranguejo, ou pelos meios de contacto da campanha de ciência cidadã NEMAlgarve.

«Se existir a captura de algum dos caranguejos azuis marcados, pede-se que seja devolvido excecionalmente à água, no exato local de captura, pois a informação fornecida por cada transmissor é inestimável», apela a universidade.

 

 

 



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