Governo cria programa especial de 200 milhões para “Reativar Turismo” no Algarve

Algarve será a única região a beneficiar de «discriminação positiva» e terá plano dedicado exclusivamente a si

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

O Governo vai destinar 200 milhões de euros para um programa de apoio específico ao setor turístico do Algarve, «a única região do país» que terá direito a um pacote financeiro diferenciado, ao abrigo do plano “Reativar Turismo | Construir o Futuro”, avançou ao Sul Informação Rita Marques, a secretária de Estado do Turismo que esteve esta terça-feira, 17 de Maio, de visita a Castro Marim.

«O que estamos a fazer, no quadro do plano “Reativar Turismo”, que é um plano de 6 mil milhões de euros, é criar uma medida específica para o Algarve, com um orçamento de 200 milhões de euros, que se denominará “+Algarve”», revelou.

«Estamos a trabalhar com as entidades competentes, nomeadamente no quadro do Programa Operacional do Algarve, para podermos, o mais rapidamente possível, divulgar todos os pormenores», acrescentou Rita Marques, que esteve esta segunda e terça-feira, no Algarve, para se encontrar com os agentes do setor e conhecer novos projetos.

Apesar de não querer avançar, para já, quais serão todos os pilares do “+Algarve” – «estamos agora a trabalhar nos detalhes, oportunamente serão divulgados» -, a governante revelou que será no seu âmbito que se criará «um sucedâneo do “365Algarve”», já que uma das componentes do plano “+Algarve” será «de atração e promoção de eventos internacionais».

 

 

O Algarve é, de resto, «a única região que merece uma discriminação positiva no quadro do “Reativar Turismo”, dada a importância do setor do turismo nesta região e o contributo líquido que dá para a projeção internacional de Portugal».

O “Reativar Turismo”, precisou a secretária de Estado, «é financiado por três tipos de fundos: tem a receita turística do Turismo de Portugal, uma parte importante garantida pelos Programas Operacionais e, por fim, outra componente importante, que não deve ser descurada, garantida pelos privados».

Rita Marques fez, ainda, um balanço da visita de dois dias que realizou ao Algarve, que a levou a passar por Lagos, Monchique, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

«Tive a oportunidade de conhecer alguns projetos inovadores que ajudam a diversificar o produto turístico. Também pude reunir com empresários e perceber que dificuldades é que eles têm neste momento de retoma», enquadrou.

«Esta é uma retoma pujante, é bem verdade, muito desejada e também merecida, mas que apresenta bastantes dificuldades, principalmente nas partes do capital e do talento», salientou.

 

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

Nos contactos que fez, a secretária de Estado sentiu «uma grande preocupação ao nível dos recursos humanos. Faltam em qualidade e em quantidade. Isso significa que temos de encontrar novas formas de captar esse talento e de o fidelizar».

«Tem de haver aqui uma grande aposta ao nível dos instrumentos do código de trabalho, para tentarmos agilizar, tanto quanto possível, a contratação, mantendo um vínculo interessante à entidade patronal», defendeu Rita Marques.

A governante identificou, ainda, outros dois grandes condicionalismos: «um é a habitação, o outro os transportes públicos, porque, de facto, todos os trabalhadores têm de se deslocar para o seu local de trabalho e muitos não têm veículo próprio».

«Estamos a trabalhar em soluções, com a Secretaria de Estado da Habitação, com a Secretaria de Estado da Mobilidade, para alguns territórios, nomeadamente no Algarve, sabendo que, aqui, para a atividade turística é fundamental termos capital humano, recursos humanos em quantidade e qualidade. Para tal, temos de criar as condições para reter cá essas pessoas», concluiu.

 

 

 

 



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