“Faro Acolhe” jovens universitários em casas de idosos para combater a solidão

Programa vai ser gerido por técnicos do Município de Faro e da Universidade do Algarve

Acolher jovens universitários nas casas de idosos, sem terem de pagar, como forma de também combater a solidão e o isolamento dos mais velhos. Este é o objetivo do programa “Faro Acolhe” que junta a Câmara Municipal e a Universidade Algarve e cujo protocolo de criação foi assinado na passada quinta-feira, 19 de Maio.

Este programa vai ser gerido por técnicos do Município de Faro e da Universidade do Algarve, podendo beneficiar seniores do concelho e estudantes universitários residentes noutras zonas do país, com idades compreendidas entre os 17 e os 35 anos.

Estes jovens serão acolhidos na residência de agregados familiares ou de idosos que vivam em situação de solidão e isolamento, que manifestem a sua disponibilidade e que reúnam condições para o fazer.

Segundo Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, este «é um protocolo que já vinha a ser preparado há algum tempo e que agora avança, permitindo juntar a geração mais velha com jovens que vêm para Faro e se deparam com o problema da falta de habitação».

«É um projeto que vai ajudar a proporcionar uma habitação digna aos jovens que, por sua vez, proporcionam aos séniores companhia, bem-estar e algum conforto, diminuindo o sentimento de solidão destas pessoas», explica o autarca, acrescentando ainda que «este programa tem também uma componente pedagógica que é a de ensinar a ser solidário, porque seguramente que os jovens que venham a passar por este projeto vão ver os seniores de uma outra forma e pensar um pouco mais nos outros depois desta experiência».

Também Paulo Águas, reitor da UAlg, lembrou que este era um programa que já vinha a ser preparado há muito tempo, tendo a pandemia e as respetivas restrições sanitárias impedido que este avançasse nos anos letivos de 2020/2021 e 2021/2022.

«Esperamos que agora em 2022/2023 a situação esteja próxima da normalização e não existam entraves a este encontro de gerações», disse.

«Sabemos que talvez nem todos os jovens estudantes terão perfil para este programa, tal como nem todas as famílias terão também perfil para este programa, mas do lado da Universidade do Algarve haverá a preocupação com a seleção dos perfis dos estudantes», acrescentou.

«Se tivermos uma família com um estudante, será muito bom, se conseguirmos duas ou três ou mais será muito bom a multiplicar e com benefícios para ambas as partes, nomeadamente os seniores que terão apoio dos jovens que num momento das suas vidas passam pela nossa cidade e dos estudantes que terão menos um entrave para prosseguir os seus estudos, uma vez que praticamente anularão os custos com alojamento», concluiu o reitor.

 



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