Tavira quer ser «referência na defesa dos direitos e do bem-estar» com provedora do animal

«As pessoas podem-me abordar, vir ter comigo, falar sobre os seus receios, expor as suas questões, e eu faço a ponte com as entidades competentes», explicou a nova provedora do animal

Agnes Freitas tomou posse esta quinta-feira, 7 de Abril, como primeira provedora do animal de Tavira, concelho que, nas palavras da autarca Ana Paula Martins, quer ser uma «referência na defesa dos direitos e do bem-estar animal».

A cerimónia aconteceu na Biblioteca Municipal e foi o culminar de cerca de três anos de trabalho até que fosse criado este cargo de provedora, como explicou a presidente da Câmara.

«Isto foi um processo que se iniciou em 2019, ainda com o anterior executivo. A criação da figura do provedor do animal teve sempre muito consenso dentro do executivo, mas, por razões várias, a publicação em Diário da República atrasou», disse Ana Paula Martins.

 

Foto: Cátia Rodrigues | Sul Informação

Apesar de referir que ainda há um longo trabalho a ser feito para melhorar as condições dos animais no concelho de Tavira, nomeadamente ao nível das condições do canil municipal, Ana Paula Martins garantiu que o concelho quer «ser uma referência no que toca à defesa dos direitos e do bem-estar animal».

Para Agnes Freitas, «este é um passo muito importante que o município está a dar».

«A figura de Provedor do Animal já foi aprovada há algum tempo, mas são poucos os municípios que têm dado o exemplo. Por isso, Tavira está a ser realmente um exemplo a seguir pelas outras autarquias», afirmou aos jornalistas, referindo que as «expectativas é que haja uma colaboração entre todos».

 

Foto: Cátia Rodrigues | Sul Informação

 

Agnes Freitas, que desempenha o cargo em regime de voluntariado e sem remuneração, explicou que a figura de provedora do animal funcionará como «uma ponte».

«As pessoas podem-me abordar, vir ter comigo, falar sobre os seus receios, expor as suas questões, e eu faço a ponte com as entidades competentes», disse a empresária e professora de profissão.

«Eu apenas sou uma cara, mas preciso de toda uma equipa e de todas as entidades competentes para que o trabalho seja feito com sucesso. O que acontece é que as pessoas ainda têm muito receio de denunciar o vizinho ou alguém que pratica maus tratos contra os animais – e também acontece quem ainda continue a ter falta de sensibilidade para com eles», acrescentou.

De acordo com Agnes Freitas, o principal objetivo a colocar em prática para já é «fazer com que as pessoas se sintam à vontade» para denunciar as situações de maus tratos.

Ana Paula Martins, autarca de Tavira, explicou, por fim, que serão também realizadas ações de sensibilização com toda a população.

 

Fotos: Cátia Rodrigues | Sul Informação

 



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